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domingo, 2 de junho de 2013

A tragédia que um Ministro da Justiça poderia ter evitado

Suki Ozaki
Estive nos últimos dias acompanhando minhas equipes do SBT MS nas áreas de conflito entre índios e fazendeiros na região de Sidrolândia (MS). Pude ver o clima de tensão aumentar a cada instante. Notei também que ninguém queria ir para o embate, TODOS esperavam das autoridades competentes, leia-se: GOVERNO FEDERAL, uma solução pacífica que atendesse os envolvidos. Ganhou-se alguns dias, deputados foram a Brasília e voltaram sem uma solução. A sentença do juiz da 1ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande no dia 29 de maio veio como uma declaração de guerra:reintegração de posse imediata. O que já era anunciado, tornou-se realidade. PF e Cigcoe foram cumprir a lei com armas letais e não letais e os índios reagiram. 


Saldo de vários feridos, um indígena morto, sede da fazenda queimada e o problema continua lá, mais latente, mais concreto do que nunca. Aí o Supremo acorda, manda um representante para saber o que há de podre no reino de MS, Dilma acorda e realiza uma reunião urgente hoje com seus ministros para discutir os conflitos. Tarde senhoras e senhores, tarde porque uma vida foi ceifada, uma propriedade incendiada e o ódio só cresceu nos corações. Hoje vi, uma comunidade ferida, vi guerreiros pintados para a guerra enxugando suas lágrimas, vi um proprietário rural a lamentar suas perdas, hoje vi a OMISSÃO se concretizar em tragédia. Quantas mais me pergunto? Até quando seremos, eu, você OMISSOS nesta questão?

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