"MILHARES de imagens e nenhuma gota de sangue" - tudo estranho em torno do suposto atentado ao semeador de ódio Bolsonaro - uso político e tentativa de comoção popular não colou na opinião pública
Mourão, o vice do semeador de ódio, o general loucão, tenta fazer política irresponsável, mas o BRASIL e seu povo já está escaldado com esses supostos atentados: em 1989, a farsa em torno do sequestro de Abílio Diniz; em 2010, a farsa da bolinha de papel na careca de José Serra teve até perícia no Jornal Nacional; 2018, um semeador de ódio que só fala em armas e violência, prega dia e noite o preconceito, sofre um suspeito atentado sem sangue, a população desconfia.
Abílio Diniz, a farsa de 1989 foi pra Collor vencer a eleição de LULA. Estamos em 2018, não é mais fácil assim - tem a internet! |
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Cercado de agentes da PF e de apoiadores quando em campanha pelo centro de Juiz de Fora, Bolsonaro foi atingido por um homem armado com uma faca, na altura do abdome
Bolsonaro sendo atendido no Pronto Socorro da Santa Casa de Juiz de Fora (médicos sem luvas chamou a atenção) |
por Jornalistas Livres 6 setembro, 2018
Imediatamente após o ataque, Jair Bolsonaro colocou a mão sobre o local que teria sido atingido pelo instrumento perfuro-cortante. Mas nenhuma mancha de sangue foi vista em milhares de imagens (vídeos e fotos), registradas no local e no próprio instante da agressão.
O filho de Bolsonaro, Flávio, candidato a senador, disse que o pai foi atingido superficialmente. Posteriormente, via Twitter, Flávio disse que o ferimento teria sido grave e pedia orações. O candidato encontra-se internado na Santa Casa de Juiz de Fora.
O suposto agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira,
na delegacia da PF de Juiz de Fora (MG)
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O homem identificado como seu agressor, Adélio Bispo de Oliveira, tem 40 anos e é de Montes Claros, no norte de Minas. Apesar da comoção generalizada que seu ato gerou, ele foi levado para a delegacia da Polícia Federal de Juiz de Fora e ali fotografado, sem que se visse nele qualquer marca de agressões ou maus tratos.
Na página de Adélio Bispo de Oliveira, dentro da rede social do Facebook, o suposto autor do atentado aparece como “curtidor” de perfis tão díspares quanto República de Curitiba, Israel My Israel, Apoio Policial, Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE, Ação Nacionalista, O Outro Lado da Coreia do Norte, Anonymous Rio, Midia Ninja, TVT, Ponte jornalismo, PCdoB, Consulado dos EUA, Rachel Sheherazade, Rede Sustentabilidade-Rede, Instituto Militar de Engenharia, Cap PM André Silva Rosa – ROTA, Apoiamos a Brigada Militar, além dos Jornalistas Livres, entre outros. Quem acompanha as redes sociais sabe que essa variedade inconsistente é típica de páginas mantidas por robôs.
É dramático o quadro político no Brasil. Mais do que nunca, é preciso que todos os democratas coloquem-se de sobreaviso. É imperioso investigar a fundo essa ocorrência. Lembramo-nos da famigerada “bolinha de papel”, um atentado fake que teria sido desfechado contra o candidato José Serra, durante a campanha eleitoral de 2010. Na ocasião, o Jornal Nacional divulgou reportagem onde endossava a versão da agressão com “objeto contundente”. A reportagem terminava com um Serra arcado, interpretando o papel de pessoa fragilizada em luta contra a tal “barbárie política”. Mas as redes sociais e um trabalho investigativo a cargo do SBT mostraram que o tal “objeto contundente” não passava de uma bolinha de papel, que mal fez cócegas na calvície do candidato tucano.
Importante não esquecer, contudo, que a política no Brasil vem de fato passando por um forte processo de escalada da violência. A execução de Marielle e Anderson, os tiros desferidos contra a caravana de Lula no sul do Brasil, os feridos a bala no acampamento LulaLivre próximo à sede da PF em Curitiba e muitos outros fatos não permitem subestimar os ódios e interesses políticos escusos.
A Democracia exige o respeito entre as forças políticas em disputa. Exige transparência e honestidade. A cidadania não pode permitir que a violência e as narrativas turvas complexifiquem ainda mais o quadro político já tão crispado por injustiças e ressentimentos, como o que estamos vivendo. Menos ainda, pode permitir que essas narrativas sirvam de pretexto para cassar o direito constitucional de a população brasileira escolher seus governantes. A Constituição precisa ser respeitada.
Bolsonaro, no momento em que era socorrido após o ataque |
Veja abaixo em câmera lenta o momento do ataque:
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