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domingo, 7 de setembro de 2014

8 PONTOS RELEVANTES DO PLANO DE CARGOS E CARREIRA DA EDUCAÇÃO

* Raimundo Moura
Categoria, nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação de Parauapebas deveria ser a grande conquista dos trabalhadores da educação, no entanto, o plano aprovado na Câmara em 2012, as pressas para beneficiar o candidato do governo que queria sucessão, não foi o que a categoria aprovou durante a greve de 2010. Na verdade esse plano absorveu pouca coisa da proposta original da categoria.

Sob a desculpa de que foram verificadas algumas incoerências no plano o governo atual o engavetou por mais de um ano, e só agora enviou uma proposta de revisão para Câmara Municipal sem ao menos apresentar antes a categoria. Apenas uma comissão da Subsede do Sintepp de Parauapebas participou dessa revisão de forma muito limitada.

Esta revisão veio alterar quase nada, e o que alterou foi aquilo que seria vantagem para categoria, vejamos:

1. Permanece um número altíssimo de cargos comissionados na educação. Ao todo são 490, um verdadeiro exército do governo para combater as greves dos trabalhadores da educação. Não há nenhum critério para essas nomeações. Na proposta original a categoria defendeu além da redução do número de cargos comissionados, que esses cargos fossem ocupados por servidores efetivos. Hoje esses cargos são rateados entre os vereadores de Parauapebas de forma clientelista e oportunista.

2. Defendemos a criação do cargo de Professor Pedagógico (Coordenador Pedagógico II), onde abriria novas 224 vagas para realização de concurso público, o que melhoraria o trabalho de suporte pedagógico nas escolas, visto que hoje há uma rotatividade enorme desses profissionais na escola, prejudicando a continuidade do trabalho da rede de ensino.

3. O cargo do Educador Ambiental foi excluído do Plano, segundo o governo as políticas de educação ambiental se voltam para o contexto de todas as áreas de conhecimento. Mas a intenção desse cargo é fortalecer o Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (CEAP). Hoje os professores que exercem suas atividades neste centro de formação tem percas irreparáveis em seus vencimentos e prejuízos na sua carreira por estarem em SD (sem docência). Vale ressaltar que esse centro é referência na região e precisa consolidar a sua política de educação ambiental junto às escolas.

4. As eleições para escolha dos gestores escolares já é uma realidade no Estado do Pará e no município de Marabá, precisa acontecer em Parauapebas. Até porque é uma orientação do novo Plano Nacional de Educação democratizar a gestão das escolas, e a eleição é o primeiro passo.

5. A progressão vertical hoje está 10% para especialista, 15% para mestre e 20% para doutor. Mesmo assim não estamos recebendo. Defendemos 20% para especialista, 40% para mestre e 80% para doutor. Em Marabá o especialista recebe 50%, o mestre 100% e o doutor 150%. Além disso, a relação da formação para as progressões verticais devem ser com a educação e não limitar essa formação ao exercício do magistério em sala de aula (Art. 11).

6. Está havendo conflito do artigo 13 com o artigo 24, inciso III quando se trata da progressão horizontal. O afastamento para o exercício de cargo comissionado na educação não deve interromper a progressão do servidor.

7. Outra questão é sobre o cumprimento do estágio probatório. Ele deve ser cumprido na rede municipal de ensino e não integralmente em uma única escola. Afinal de contas são três anos e nem sempre o servidor fica três anos consecutivos em uma única escola (Art. 18, caput 3º).

8. Esse plano deveria ser unificado uma vez que os demais servidores que atuam na rede municipal de ensino são pagos com os 40% do FUNDEB. Essa medida valoriza esses servidores e fortaleceria a educação municipal.


Raimundo Moura, Professor e Coordenador de Formação do Sintepp/Parauapebas e Coordenador de Comunicação da Regional Sudeste/PA.

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