Vale quer retirar com força policial cerca de 400 famílias que moram na área do linhão no bairro Tropical
Presidente do Bairro Tropical Jonas Conrado e Comissão em reunião com a Vale |
Por Juno Brasil - Diante da reintegração de posse requerida pela Vale, da faixa de terra adquirida por meio de contrato de servidão, onde foi transferida a posse do imóvel à Mineradora Vale, para a implantação da linha de transmissão de energia elétrica das minas do Sossego e Onça Puma, onde cerca de 400 famílias ocuparam a área.
O mandado de reintegração de posse foi expedido pela juíza Eline Salgado Vieira da 2ª. Vara Cível de Parauapebas, determinando a desocupação pela Polícia Militar do estado do Pará, no prazo de 15 dias a contar do último dia 15 de setembro.
As cerca de 400 famílias moradoras desta ocupação se organizaram e formaram uma frente de manifesto, ocupando o paço municipal, na manhã da última quarta-feira (17).
Moradores do Linhão do Bairro Tropical se reúnem em busca de solução |
Uma comissão formada por (10) pessoas foi convidada para se reunir com a Vale, onde ficou registrado em ata que a Vale atuaria juntamente com a prefeitura para buscar uma solução de moradia aos ocupantes da área, mas reforçou que esta questão não é da alçada da empresa, que apenas poderiam adiar o prazo da execução até que o prefeito resolvesse a situação. Ficando acordado que os ocupantes não realizassem atos violentos contra a Vale e nem impeçam as operações da mineradora.
Ainda na noite de quarta-feira (17) cerca de mil pessoas moradoras da área do linhão, se reuniram para saber quais as decisões da Vale. Onde foram informados sobre a ata da reunião com a diretoria e ficfaram aguardando a decisão da empresa. Os moradores do Linhão protestam que já residem há mais de ano no local e não tem para onde ir, portanto reivindicam que a Vale os indenize ou providencie uma moradia digna para abrigar suas famílias e que lhes concedam condições de mudanças com seus pertences e benfeitorias realizadas na área.
Na quinta-feira a direção da Vale voltou atrás na negociação e disse que não tem o que conversar com as famílias e vai mandar cumprir o Mandado Judicial e que eles procurem seus direitos. A Comissão dos moradores do Linhão se reuni novamente e pretende realizar novos manifestos, para reivindicar seus direitos.
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