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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

HISTÓRIA: "Líder puritano", uma espécie de "evangélico inglês", já proibiu a comemoração do Natal


História: durante a Revolução Puritana, Cromwell proibiu os festejos natalinos (www.canal2n.com.br)

Houve um período na Inglaterra em que a celebração do Natal foi considerada uma verdadeira blasfêmia, de modo que pessoas poderiam ser levadas à masmorra caso desobedecessem a lei. Os próprios cristãos mais rígidos declararam que o 25 de dezembro seria uma data pagã e que, por isso, não deveria ser comemorada.

O perseguidor

O líder da Revolução Puritana, Oliver Cromwell, cujos feitos incluem a decapitação do rei Carlos I e a transformação da Inglaterra uma república entre 1649 e 1660, tinha como objetivo eliminar tudo o que considerava como 'decadência moral' em seu país. Entre todos os problemas que identificou, o principal deles era o Natal.

Todas as formas de celebração do feriado religioso, o que incluía até mesmo as cantigas, não eram bem vistas pela sociedade puritana, que enxergava nelas um vestígio do paganismo, já que não haveria fundamento bíblico para tal festividade.

Para eles, a data nada mais era do que um feriado pagão criado pela Igreja Católica Romana, instituição que queriam eliminar, assim, purificando o Cristianismo.

Os puritanos se irritaram principalmente porque não é descrita na Bíblia a data do nascimento do Messias. "A data do Natal foi fixada em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia era celebrada a grande festa solar em Roma”, explica Ramón Teja, professor emérito de História Antiga da Universidade de Cantábria.

Assim, o imperador modificou o antigo festival do Dia do Nascimento do Sol Invicto, no qual era celebrado o solstício de inverno. “Foi uma fusão do culto solar com o culto cristão”, afirmou Teja. A partir disso, inúmeros elementos da cultura pagã foram incorporados às tradições natalinas.

O caos

No ano de 1644, o Parlamento inglês baniu oficialmente todas as festividades natalinas, de forma que, por quase duas décadas, muitas pessoas foram perseguidas. A simples realização de danças, cantigas, apresentações de teatro e também o consumo de bebidas alcoólicas durante a data tornaram-se crimes graves.

Símbolos como árvore de natal e até mesmo comidas tradicionais foram relacionados a rituais, de modo que também passou a ser proibido comer alimentos como pudim e tortas no feriado. Além disso, o comércio era obrigado a permanecer aberto durante todo o dia 25. 

A celebração da data somente deixou de ser um 'crime' diante da restauração da monarquia, em 1660.

(Com adaptações - Original aqui)

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