O dicionário da Vale: pobreza, exploração e lucros absurdos
No dicionário da Vale para a região do Projeto Ferro Carajás/S11D a pobreza e a exploração da população local são os principais vocábulos, mais que isso, se trata de objetivo da empresa, que outra conclusão seria possível? Parece que a mineradora só se preocupa em alcançar os seus lucros absurdos.
Na pobreza, a Saaep é parceira da Vale
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas, a autarquia SAAEP, parece ser uma parceira da mineradora quando o assunto é alastrar a pobreza na região.
Há algo que mais se associe à pobreza que a falta d'água?
Gasta mal, arrecada pior ainda
Os números da SAAEP mostram que a má gestão da autarquia não pode ser creditada apenas a incompetência, parece se tratar de um projeto político, é a única conclusão possível.
Em 2020, entre 1° de janeiro e 5 de dezembro, a SAAEP gastou muito e gastou mal, foram mais R$ 68,1 milhões (aqui), no mesmo período ela arrecadou míseros R$ 7,4 milhões (aqui).
O resultado é que Parauapebas tem bairros que vivem o drama de passar 20, 30 ou mais dias sem uma gota d'água, de regra o abastecimento é precário em toda a cidade.
Péssima gestão e fracasso eleitoral
Evidente, não se pode deixar de dizer que a péssima gestão da SAAEP, principalmente nesse último período, é algo absurdamente inexplicável, ainda mais sabendo que ela foi gerida por um bem sucedido empresário da cidade, conhecido como Sérgio da Anagráfica, justamente com ele a autarquia nunca foi tão maltratada, parece que foi de propósito.
O fracasso eleitoral do empresário Sérgio da Anagráfica, que tentou usar a autarquia como trampolim para se eleger vereador, sirva de estímulo para nesse novo mandato o governo de Parauapebas priorize uma gestão técnica, prestigie a SAAEP, a partir de 1° de janeiro de 2020 que afaste a cobiça de qualquer vereador sobre essa entidade.
Antes tarde do que nunca
Antes tarde do que nunca, é preciso que a SAAEP seja libertada da cobiça dos vereadores eleitos.
A autarquia SAAEP foi criada pela Lei n° 4.385, de 11 de agosto de 2009, acredite, o objetivo era promover os serviços de captação, tratamento e distribuição de água potável para a população do município (aqui).
Uma gestão técnica é urgente, até para que o governo municipal e a sociedade tenham condições de exigirem da mineradora Vale que assuma a responsabilidade social e ambiental com os impactos da intensa exploração dos recursos minerais no município de Parauapebas.
Não é aceitável que a mineradora Vale continue com o 'apartheid' social que ela estimula e alimenta muito bem, prova disso é a existência do Núcleo Urbano de Carajás e o resultado das eleições entre os empregados da Vale (aqui).
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