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terça-feira, 8 de junho de 2021

Com medo da prisão, ministro do governo Bolsonaro entrega celular à Polícia Federal - corrupção e propina para facilitar 'contrabando' de madeira



O prazo vencendo e a cadeia chegando

Na última sexta-feira(4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu a manifestação da Procuradoria-Geral da República, dentro de 5 dias, sobre o afastamento e a prisão do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, devido o seu envolvimento com a exportação ilegal de madeiras da Amazônia.

Tanto o STF como a PF desconfiam que Ricardo Salles ocultou seu celular e mudou o número do aparelho, mesmo ciente que o telefone estava com uma ordem judicial de busca e apreensão no âmbito da operação Akuanduba. 

Os indícios de que houve obstrução a aplicação da lei penal são fortíssimos, Alexandre de Moraes alertou que o “ministro tem dever legal de cumprir ordens judiciais de outros Poderes” (leia aqui).

Depois de 19 dias da operação da PF, Salles entregou o seu celular, tentando evitar uma ordem de prisão (leia aqui).

Corrupção ambiental

A Polícia Federal aponta que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, usou uma empresa de fachada para justificar o possível recebimento de propina, segunda a PF as provas são irrefutáveis (leia aqui).

A corrupção no governo Bolsonaro é ambiental e contamina todas as áreas, a CPI da Covid também suspeita que tem propina tanto no lobby da cloroquina quanto no atraso na compra das vacinas, neste último caso a demora era para o gabinete paralelo do ministério da saúde (leia aqui) exigir dinheiro das empresas farmacêuticas.

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