Com 60% da população imunizada, Serrana mostra resultados excelentes
O Instituto Butantan, centro de excelência mundial na fabricação de vacinas, responsável pela produção da Coronavac no Brasil, divulgou os primeiros resultados do Projeto S, estudo clínico realizada no município de Serrana/SP, onde foi avaliada a eficácia da vacina contra a Covid-19.
Serrana tem 45.600 habitantes, 27.150 pessoas receberam as duas doses da vacina Coronavac, cerca de 60% dos moradores da cidade e de 75% da público alvo, ou seja, as pessoas acima de 18 anos, a fase de imunização encerrou no dia 11 de abril de 2021 (leia mais aqui).
Sucesso total
A conclusão da experiência do Butantan em Serrana repercutiu na imprensa mundial (www.bbc.com), os resultados mostram que a Coronavac reduziu em 80% os casos sintomáticos, 86% das internações e 95% das mortes.
Imunidade coletiva
O Instituto Butantan afirma que com cerca de 70 a 75% de cobertura da população com o imunizante a pandemia pode ser controlada, protegendo tanto quem recebeu as duas doses como a outra parte dos moradores que não foram vacinados, a denominada imunização coletiva.
Estudo comprova crimes de Bolsonaro
A CPI da Covid mostrou que o presidente Bolsonaro recusou várias ofertas de vacinas, da Pfizer (aqui) e do Instituto Butantan (leia aqui) , estima-se que 130 milhões de doses não foram adquiridas no momento oportuno, o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a imunizar a sua população, ainda no ano de 2020.
Devido a essa postura negacionista e criminosa, hoje o país tem mais de 465 mil mortes e cerca de 16,6 milhões de contaminados pelo coronavírus, cálculos científicos comprovam que metade das mortes ocorridas até maio de 2021 poderia ter sido evitada.
Diante dos resultados apresentados pelo Projeto S do Butantan, a responsabilização administrativa, civil e criminal do presidente Bolsonaro é inevitável.
Panelaço e Buzinaço
Ontem, sob intenso repúdio dos brasileiros, Bolsonaro usou seu pronunciamento em rede nacional de TV para espalhar fakenews, a população reagiu as mentiras do presidente com panelaço e buzinaço nas principais cidades do país.
Os senadores da CPI emitiram uma nota oficial, lamentando o cinismo do presidente e o fato que ele esteja atrasado em 432 dias e causado cerca de 470 mil mortes de brasileiros.
NOTA PÚBLICA DA CPI DA COVID
A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha’. Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável.
A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira. Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19.
A reação é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo. Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais. A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas.
Omar Aziz - Presidente CPI
Randolfe Rodrigues – Vice Presidente CPI
Renan Calheiros – Relator
Membros efetivos
Tasso Jereissati
Otto Alencar
Humberto Costa
Eduardo Braga
Suplentes
Alessandro Vieira
Rogério Carvalho
Fonte: Agência Senado
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