Militares comandam o esquema
A Procuradora da República Luciana Loureiro que investiga a compra da vacina indiana Covaxin constatou sério indícios de crimes no governo Bolsonaro, a suspeita é que ocorreu superfaturamento de cerca de 1000% no preço da dose do imunizante.
Bolsonaro colocou o Ministério da Saúde sob comando direto de um general, toda a equipe envolvida na negociação governamental tem militar em posto de destaque, eles controlavam os contratos e os repasse de dinheiro para o contrato de compra da Covaxin.
No Tribunal de Contas da União, o Ministério Público já tinha pedido a suspensão da compra da vacina indiana (aqui), mesmo assim Bolsonaro ordenou e priorizou a compra.
Usou empresa para intermediar e preço que era R$ 7,20 pulou para R$ 80,70
O governo Bolsonaro usou como intermediária no esquema uma empresa denunciada por desvios de recursos púbicos, desembolsou no esquema da vacina indiana a quantia de 1 bilhão e 614 milhões de reais, quando deveria ter pago apenas 144 milhões e 184 mil reais, a diferença é de mais de 1 bilhão e 469 milhões.
"O Ministério da Saúde assinou contrato no dia 25 de fevereiro de R$1,6 bilhão com a Precisa Medicamentos para aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin a US$ 15, valor mais elevado que o da Pfizer, por exemplo". (leia aqui)
O contrato estava sendo analisado por suspeita de improbidade administrativa, mas a Procuradoria da República, diante dos indícios de ilícitos penais, determinou a abertura de investigação criminal, agora, Pazuello e os militares que aparelharam o ministério da saúde terão que explicar o 'caminho do dinheiro', desde a saída dos cofres públicos até a sua desova na vacina indiana:
“A omissão de atitudes corretiva da execução do contrato, somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa Precisa e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto cível e criminal, uma vez que, a princípio, não se justifica a temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde com essa contratação, a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público” (aqui).
A ordem para comprar a vacina partiu diretamente do presidente Bolsonaro, a negociação foi mais rápida que um raio, durou menos de 3 meses, quando a Pfizer, cuja vacina era mais barata, durou cerca de onze meses.
A vacina da Pfizer tinha o preço de 10 dólares, Bolsonaro ordenou a compra da vacina indiana por 15 dólares.
Tenente-Coronel pressionou servidor para facilitar a compra
Bolsonaro aparelhou o Ministério da Saúde por militares sob o comando do general Pazuello, que tinha controle absoluto e hierárquico do esquema bilionário.
Todos os principais envolvidos no esquema da contratação da vacina indiana, inclusive são militares, um dos envolvidos, o Tenente-Coronel Alex Lial Marinho, coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde, é acusado por um servidor como o responsável por pressões para facilitar a compra da vacina indiana, exigindo que fosse feita a 'exceção da exceção' para se poder pagar um preço mais caro por uma vacina que sequer tinha aprovação na Anvisa.
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