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terça-feira, 30 de abril de 2024

Eleições 2024: as urnas, os tambores e as cabeças


Eleições 2024: as urnas, os tambores e as cabeças
Por Leônidas Mendes - Canal 2N (clique - aqui)

Agora, é fato! Sob o manto da supra(i)legalidade, resultante da conivente inação da Justiça Eleitoral, tivemos início a pré-campanha (oficial e oficiosa) eleitoral de 2024, com tudo “de direito”, em especial, na selva digital que chamamos de “redes sociais”.

No Brasil inteiro, diga-se! Mas, em Parauapebas, onde as disputas eleitorais parecem ser regidas por estatuto próprio, e aberrações “infra” e “extra” jurídicas são as regras, a coisa começou pra valer depois que o governismo parou de bater cabeça.

A “batição” de cabeça deu ligar aos rufos dos tambores: “habet candidatus” – “têm candidato”! E o ungido é Rafael Ribeiro, presidente da CMP, recentemente filiado ao União Brasil; depois de uma intensa disputa interna, com inédita interferência do governador do Pará.

Processo inverso parece está ocorrendo nas hostes oposicionistas, isto é, as cabeças estão batendo no lugar dos tambores! Pois, assistimos agora uma pulverização de candidaturas! Pra todos os gostos: da extrema direita gospel fascista ao bolsonarismo “pero no mucho”!

Nos últimos dias, por exemplo, assistimos uma inusitada disputa: (pré-)candidatos disputando retratos com o ex-presidente. Isto mesmo: a disputa pelo voto foi substituída pela disputa pela foto. Até direitistas filiados a partido de centro-esquerda querem sair na “self”.

Parauapebas, como sempre, inovando! Temos agora os “extrema-direitistas de centro-esquerda”. Já está ocorrendo, inclusive, uma escolha para nomear este novo movimento: ou “bolso-janonismo” ou “minion-jananismo” ou, quem sabe, “bolso-lulismo”.

Mas, as cabeças da direita pebense não batem só por questões de nomenclaturas ou fotografias. Os votos também interessam. Por isso, a pulverização de candidaturas nesse campo tem animado a agora “unificada” (pré-)campanha governista.

Uma das estratégias já nos é visível: afastar a imagem do atual prefeito Darci Lermen, e seu pouco popular legado administrativo, da disputa; e, gradativamente, transferir o cerne da campanha para a imagem da “jovialidade sorridente” de Rafael Ribeiro.

É quase uma proposta de pacto sociopolítico-eleitoral-simbólico-imagético: “esqueçam o passado (Darci), projetem o futuro (Rafael)”. Ao mesmo tempo, os governistas esvaziam o discurso oposicionista: os problemas nacionais dão lugar à disputa municipal.

As oposições (são várias) batem cabeças por fotos na urna. A situação (semi-unida) bate  tambores por votos na urna! E assim, com uns batendo tambores e outros batendo cabeças, caminha Parauapebas, no ritmo de fotos, fatos e fakes para as eleições 2024!

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Leônidas Mendes Filho - historiador, professor e bacharel em Direito

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