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domingo, 26 de maio de 2013

Vida e obra de Constantino Menezes de Barros

Constantino Menezes de Barros nasceu em 19/08/1931 na cidade de Óbidos-Pa, cidade situada à margem esquerda do Rio Amazonas , sendo o quarto de uma prole de 14 filhos de Guilherme Lopes de Barros e Elvira Menezes de Barros. Sendo o seu genitor de origem portuguesa por parte de pai e santareno pela da mãe e sua genitora filha de sergipano com juritiense, ou seja, Constantino é fruto de um caudal de brasilidade e não apenas amazônico.

Já no primário nessa cidade apresentava uma facilidade invejável de aprendizagem no geral, e loquaz em matemática, ao ponto servir de ajudante ao seu docente, Manoel Valente do Couto, popularmente conhecido por Professor Manduca. E o traço mais comum em quase todo grande matemático brasileiro, deparar-se com uma situação de ensino disto das mais duras, a maioria é da graduação em diante [55], Constantino enfrenta já no ginasial, quando aos 11 anos de idade, 1943, foi estudar em Belém-Pa, Colégio Nazaré, onde ficou até o equivalente ao atual Ensino Médio, 1949.

Quem revela isto é um depoimento de Francisco Grijalva Menezes de Barros, médico e irmão primogênito de Constantino.

“O Constantino era um aluno muito aplicado na escola, mas todo aplicado é relaxado... ele era relaxado, ia arrumar as coisas dele, os livros da mesa e ele não gostava... Ele gostava de ter livros técnicos, não da literatura. Ele adorava discutir sobre matemática. Ele discutia com os professores no Colégio Nazaré e dizia que não estava certa a correção da prova e queria provar que estava certa a questão. Ele sobre a prova dele, o professor dizia que estava errado e ele dizia que estava certo e provaria, mas eles não aceitavam e ficava naquilo mesmo ... Ele era muito disciplinado e obediente, se relacionava bem com os colegas, mas tinha sempre os pontos de vistas dele...Gostava das coisas certas e corretas, sérias,... e sempre teve facilidade para matemática. Não foi ninguém que o motivou, era dele mesmo, ele gostava ...Ele gostava de física e matemática, mas se dedicou mais para a matemática ...¨

E os condicionantes brasileiros do ensino em geral, e mais ainda de matemática, sem que se precise voltar um segundo no tempo, são claros e objetivos em demonstrar pouco espaço de sobrevivência para um tipo de personalidade desta, porquanto, a ruindade do ensino de matemátca no Brasil é histórica e hoje se pontua com fatos dantescos, e supor ter atingido o extremo é um laivo altamente esperançoso de melhoras. E não estamos mais só falando de escola básica.

Havia curso de engenharia em Belém nessa época e as condições financeiras da família não era para tanto, entretanto, Constantino tomou por decisão ir para o Rio de Janeiro cursar matemática, onde prestou vestibular e ingressou em 1952 na Faculdade Nacional de Filosofia. E agora vai se deparar e se confrontar com uma situação das mais desafiadoras. O fato de ser o embrião ainda das nossas atuais universidades públicas, o quadro atual nos diz que essa briga, para desgraça do Brasil, Constantino foi acachapantemente derrotado. Quem relata agora é Airton Menezes de Barros, irmão e formado em Direto: ¨Ele era muito lutador que chegou a ser presidente do Diretório Nacional dessa Faculdade (...) ele fazia campanhas grandes na entrada da Faculdade, de tal forma que ele pregava avisos do Diretório na entrada da Faculdade, dizendo quem eram os professores faltosos. Ele era de muita luta, ele era muito competente e não tinha medo dos professores, tirava boas notas, ele enfrentava os professores. ¨

Um comentário:

  1. Olá LIndolfo e todos os leitories

    Agradeço pela divulgação e quem quiser conhecer mais da vida desse e de outros matemáticos paraenses, é só pedir pelo e-mail: jbn@ufpa.br,

    Abrasço

    Prof. João Batista do Nascimento- Mat. UFPA

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