Poder Legislativo: levanta-te desse túmulo!

Gregório de Matos

Vereadores são eleitos para fiscalizar as ações do executivo e defender os interesses do povo, assim diz a lei. Mas o que está acontecendo em Parauapebas nos dias atuais?

A impressão que tenho é que, nas últimas eleições, votamos somente para prefeito. Ninguém elegeu vereadores. A cidade está um caos. É como se eles não existissem!

Caso a cidade tenha vereadores, creio que conseguimos eleger os 15 mais incompetentes dos 254 candidatos registrados.

É deprimente escrever do nosso Poder Legislativo dessa forma, mas é a mais pura verdade. Digo que é deprimente porque a quem o povo irá recorrer? Aos tomadores de café do Ministério Público?

Acho que muitos já tentaram. Esses – os promotores – parecem que sofrem de obesidade mórbida. Não conseguem, sequer, levantar seus músculos glúteos de suas cadeiras.

Em 25 anos de emancipação, Parauapebas nunca tinha sido “agraciada” com um GREVE GERAL. E olha que já tivemos cada figura como prefeito! Lembremos: primeiro foi um médico de comportamento duvidoso, depois veio um vendedor ambulante de cortinas; a terceira foi uma dona de casa festeira e o penúltimo, um “quase” padre.

Valmir da Integral parecia ser o único dessa linhagem de prefeitos que apresentava em seu currículo certa experiência administrativa. Que pena! Foi apenas uma impressão. Para surpresa geral, Valmir tornou-se o prefeito mais incompetente de todos. Mas e os vereadores, onde estão?

A cidade não tem mais os serviços essenciais como saúde e educação. Os servidores, em uma luta justa, tomaram as ruas. Movimentos sociais ameaçam ocupar a prefeitura. O trânsito não tem mais condições de trafegabilidade nos horários de pico. Denúncias de tentativas descaradas de desvio de dinheiro público. Perseguições gratuitas a servidores públicos. E a população sofre! E a parte pobre sofre ainda mais.

Senhores vereadores, tenham compaixão por seu povo! Fiquem do lado de quem os elegeram. Não se escondam. Não se acovardem. Não sejam medíocres. Não fujam do povo, juntem-se a ele.

Cumpram com suas obrigações constitucionais. O silêncio, o consentimento e a subserviência podem até ser o caminho mais fácil, mas para os preguiçosos e malandros do submundo da política. Não sejam preguiçosos, muito menos malandros. Parauapebas precisa de vocês. A cidade está doente e o remédio é um composto de três letras: CPI.