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domingo, 18 de fevereiro de 2024

Eleições 2024: Darci, a jogada e o jogo (por Leônidas Mendes Filho)


Eleições 2024: Darci, a jogada e o jogo
Por Leônidas Mendes Filho

Apesar dos esforços, nunca fui um bom enxadrista. Mas, sempre vi no jogo de xadrez uma metáfora da vida; mais especialmente, da polis moderna, das disputas político-partidário-eleitorais atuais.

Desse ponto de vista, também sempre vi em Darci Lermen o grande enxadrista político de Parauapebas; e suas vitórias eleitorais não deixam margem a dúvidas. Ou, pelo menos, não o fizeram até agora.

Dizemos até agora porque as condições políticas deste 2024 vêm se mostrando bastante adversas. Inclusive, prevemos, em outro artigo, que Darci, ao permitir uma disputa sucessória em seu grupo político, abriu um flanco no tabuleiro eleitoral.

Sob a falácia do “será escolhido quem estiver melhor nas pesquisas”, o que, também já o mostramos, é insustentável politicamente, Darci permitiu que seu grupo político se dividisse; tanto que, nesse momento, se encontra à beira do esfacelamento.

O fratricídio político estimulado e/ou promovido pelos pretensos sucessores, no caso, Ivanaldo Braz (PDT), Keniston Braga e Rafael (ambos, MDB), sem contar Branco da White (UB), tem aberto fissuras e feridas de cada vez mais improvável cicatrização.

Como também prevíamos, os ataques, em especial, pelas redes sociais, estão assumindo uma contundência tal que saíram do controle dos pré-candidatos, foram da questão política para vida privada, e caminham agora para ruptura.

Para quem observa o nível da pré-campanha sucessória, aparenta que Darci perdeu, ou está perdendo, o controle do xadrez eleitoral e que já não lhe restam muitas opções de jogadas; estando, ao que parece, sob ameaça de ver duas ou mais candidaturas de seu grupo.

Em Parauapebas, sofríveis analistas (como este, por exemplo) e simples diletantes da política já consideram a possibilidade, cada vez mais factível, de que Darci indique Rafael Ribeiro (MDB) e enfrente a defecção de Ivanaldo Braz (PDT).

É por isso que, no xadrez como na política, tentar ver o jogo no todo, todas as peças, com o máximo possível de alternativas para jogada, facilita movimentos e avanços no tabuleiro eleitoral; e amplia as chances de vitória.

Neste momento, olhando de fora e de longe, jogo político de Darci e os movimento eleitorais de seus pretensos sucessores, me veio a mente o escritor russo Isaac Asimov para quem “na vida, ao contrário do xadrez, o jogo continua após o xeque-mate”.

Na política também!
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Leônidas Mendes Filho – historiador, professor e bacharel em Direito

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