A atuação impune de milícias externam o fracasso do governo Jatene
O deputado estadual Carlos Bordalo do PT do Pará denunciou que está sendo ameaçado de morte, em pronunciamento na última quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Estado do Pará.
O deputado Bordalo é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alepa e foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias.
Jatene (PSDB) fracassa na segurança pública
As ameaças sofridas pelo deputado Bordalo revelam o fracasso do governo Jatene e o descontrole na segurança pública no Estado do Pará.
Ameaças se estendem
As milícias também prometem matar os seus familiares, as ameaças surgiram após o julgamento recente de dois comandantes de milícias envolvidos na chamada “chacina do Guamá”, em que 10 pessoas foram mortas no início de novembro de 2014, em seis bairros da capital, Belém.
Outros ameaçados
Desde fevereiro de 2015, quando entregou seu relatório à CPI, que as ameaçam foram iniciadas, naquele momento também foram ameaçados o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), o promotor militar Armando Brasil, que atuava nas investigações, e a ouvidora Eliana Fonseca, do Sistema de Segurança Pública. Na época, com a CPI em pleno funcionamento, os quatro optaram por não tornar públicas as ameaças para não atrapalhar o processo, tendo em vista que muitas testemunhas deveriam ser ouvidas e poderiam ficar com medo de depor. “Se dois deputados, um promotor e uma ouvidora são ameaçados, imagina um cidadão comum”.
Agora
“Agora voltaram as ameaças, e mais contundentes, dirigidas não só a mim, mas à minha família”, lamenta o deputado e questiona o fato de as ameaças voltarem exatamente agora, em que foram julgados e condenados dois líderes da milícia.
Chacineiros condenados, depois do trabalho da CPI das Milícias
No dia 21 de março de 2017, o Tribunal do Júri da 3ª Vara Criminal de Belém sentenciou o ex-policial militar Otacílio José Queiroz Gonçalves a 29 anos de reclusão por milícia privada e pelo assassinato do adolescente Eduardo Galúcio Chaves, de 16 anos, uma das vítimas da chacina. José Augusto da Silva Costa, o Zé da Moto, foi condenado a 15 anos de reclusão por homicídio qualificado e pelo assassinato de Nadson Roberto da Costa Araújo.
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