Parauapebas é hoje o quinto maior colégio eleitoral e a segunda maior força econômica do Estado, neste quesito perde apenas para Belém, naquele outro, com seus 154.119 eleitores aptos a votar perde somente para Belém, Ananindeua, Santarém e Marabá. Mesmo com toda essa representatividade eleitoral e econômica, poderá amargar os próximos 4 anos sem autênticos representantes na Assembleia Legislativa.
Os prováveis candidatos com alguma significância eleitoral que se apresentaram até o momento são Gesmar Costa, Valmir da Integral e Marcelo Catalão.
Gesmar Costa dificilmente conseguirá repetir a façanha da última eleição. Até o mundo mineral sabe de onde vieram os 32.323 votos de 2014, obviamente que não foram de eleitores arrebatados por seus discursos fracos, sem conteúdo e totalmente desprovidos de carisma. Dessa vez, Gesmar Costa não terá a poderosa prefeitura de Parauapebas em sua campanha, portanto não terá condições de fechar “acordos” com prefeitos e vereadores de outras cidades da região em troca de votos. Fatalmente não irá muito longe.
Valmir da Integral tem três sérios problemas a resolver: primeiro, disputará votos com sua própria criatura, Gesmar Costa, em um campo formado pelo mesmo público; segundo, precisará de uma excelente oratória (pausa pra rir) para convencer as pessoas que merece ser eleito a um cargo público novamente depois de promover o governo mais corrupto da história de Parauapebas e, quiçá, Brasil; terceiro, as várias ações que responde na justiça por improbidade administrativa – algumas já com condenações – podem torná-lo inelegível. Enfim, felizmente para Parauapebas, Valmir da Integral tem chances mínimas (próximas de zero) nessas eleições.
Marcelo Catalão tem o pior dos problemas para alguém que deseja ser um líder político: não consegue enxergar um palmo adiante de seu próprio nariz. Inexplicavelmente, apesar de seus erros assustadoramente infantis em sua estratégia eleitoral, é aquele que tem maior chance nessas eleições – pelo menos é o que dizem as pesquisas de consumo interno de alguns partidos. Sendo inimigo de si próprio, o maior risco é que tropece em suas próprias pernas e fracasse como nas outras vezes. Alguns de seus correligionários afirmam que ele ainda nem mesmo decidiu se será candidato nessas eleições, ou seja, como diria o Barão de Itararé, "de onde menos se espera é que não vem nada mesmo".
Quanto ao provável candidato que representaria o governo municipal, impressiona as informações que descem do Morro dos Ventos. Correm rumores que Darci Lermen teria feito alguns acordos durante a corrida eleitoral e entre esses estaria a promessa de apoiar Chamonzinho (quem?), ou seja, sendo verdade, o governo municipal apoiará um candidato de outro município, portanto, o candidato que provavelmente terá maior força eleitoral em Parauapebas será um alienígena, um desterrado de Curionópolis.
O resultado desse infeliz cenário é que, nas atuais circunstâncias, caso não ocorra um acidente de proporções astronômicas, ninguém de Parauapebas será eleito. Como se não bastasse a distância continental que nos separa da capital, ainda teremos que enfrentar novamente a total falta de parlamentar que nos represente no outro extremo do Estado.
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* Marco Atílio - Analista Político para o Blog Sol do Carajás
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