Cirurgias eletivas: Saúde de Marabá perde 300 mil
Serviço comprometido
Recentemente muitos marabaenses comemoraram os mutirões para a realização de cirurgias eletivas. E agora o serviço está comprometido, mais uma vez.
Os recursos estavam disponíveis
Em julho do ano passado o Ministério da Saúde destinou o montante de nada menos que 813 mil reais para a realização das cirurgias eletivas nos Hospitais de Média Complexidade da sua rede de saúde, assim sendo, o Hospital Municipal de Marabá (HMM), o Hospital Materno Infantil (HMI) e outros que sejam conveniados para prestar tais serviços.
Mil cirurgias perdidas
Com esse valor seria possível realizar algo em torno de mil cirurgias. Eis que as cirurgias eletivas voltaram a ser um problema. Em novembro, o município perdeu 300 mil reais, dos 813 mil, ficando apenas 513 mil reais. O motivo? De acordo com a Resolução Nº 122, de 20 de novembro de 2017, da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde do Pará (CIB/SUS/PA), o valor foi reajustado devido à demora na execução dos procedimentos. Provavelmente, por inoperância do governo local e do Departamento de Média e Alta Complexidade do município, chefiado pela enfermeira Darmina Duarte.
Corpo mole
Pelos corredores da SMS e dos hospitais rolam boatos de que houve corpo mole do governo municipal, propositalmente a fim de prejudicar a administração anterior, sendo que prejudicado mesmo ficou os usuários que precisam fazer esse tipo de cirurgia na rede pública de Marabá.
Questionamentos
A secretaria municipal de saúde não justificou o motivo no atraso das cirurgias eletivas. Nenhuma justificativa plausível. Enquanto isso, a fila continuar a crescer.
A única coisa certa é que já encerraram os tais mutirões e as filas continuam gigantescas. Certamente, estes 300 mil reais “perdidos” dariam pra amenizar a dor e o sofrimento de outras centenas de pacientes.
Perde recursos e a fila cresce
No dia 05 de dezembro, através do site da prefeitura, a assessoria de comunicação informou “Marabá vai realizar 839 cirurgias eletivas até o final do ano”. Pela data e pelos cálculos, faltavam 26 dias para o final do ano. Seria possível cumprir a meta? Vale lembrar que essa fila de espera é de 2012. Na mesma matéria a enfermeira Darmina disse: “Temos uma demanda reprimida de oito mil cirurgias, sendo que tem pacientes no sistema de 2012”.
Como tem uma demanda dessas e perde recursos essenciais para atender a população que necessita dos serviços?
Suspeita de nepotismo em dose tripla
Precisa ser esclarecida pelo Ministério Público de Marabá, sempre muito atuante, as suspeitas de que a chefe do Departamento de Média e Alta Complexidade da rede pública de saúde, Darmina Duarte, é cunhada do atual secretário, Marcones José Santos, ou seja, esposa do médico Marcos Jová Santos da Silva que é o diretor técnico do HMM.
Salvo entendimento em contrário, a confirmar as informações, temos um caso de nepotismo em dose tripla.
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