Ontem (16), mais uma vez, Parauapebas voltou a ser alvo de operação policial e cumprimento de determinações judiciais. A operação batizada de “Timóteo”, no Pará, determinou o cumprimento de oito mandatos de condução coercitiva e treze de busca e apreensão. Na “capital do minério” foram presos em caráter temporário: João Fontana (ex-chefe de gabinete de Darci Lermen) e Juranduy Granjeiro (ex-titular do DAM – Departamento de Arrecadação Municipal, na época e que atualmente exerce o cargo de secretário de saúde).
Outros dois mandatos de prisão temporária foram emitidos no município: contra o prefeito eleito Darci Lermen (PMDB) e o empresário Zé Rinaldo (PSDB). Em ambos não houve o cumprimento, pois os citados estavam em trânsito, fora da cidade. Contra o prefeito eleito de Parauapebas consta denúncia de que ele foi favorecido em repasses de dinheiro de forma ilícita, em um esquema que desviava em torno de 20% do volume arrecadado pela atividade mineradora.
Lermen terá que explicar essas denúncias e a relação de sua gestão anterior com o escritório do advogado Jorge Pazinatto, centro do suposto esquema é objetivo maior da referida operação.
Bastou a notícia do mandato de prisão temporária (quatro dias) contra Lermen, para que a “capital do minério” entrasse em ebulição. Rapidamente as redes sociais “explodiram”. Notícias se cruzavam o tempo todo. Logo apareceram de todas as partes os grupos contra e a favor do prefeito eleito. Parecia disputa de torcida organizada.
Opositores de Lermen que estavam escondidos, calados, recolhidos, desde quando Valmir Mariano perdeu a eleição e vieram à tona os desmandos da atual gestão municipal, emergiram com força. Se fizeram presentes de forma incisiva. Alguns comemoravam o mandato de prisão. Do outro lado, não diferente, apareceram os defensores e apoiadores do prefeito eleito. Emitiram notas, documentos, mensagens de apoio. Afirmavam que tudo isso não passa de perseguição política (velho discurso de vitimização, muito utilizado no meio político).
O caso deixou claro em que nível chegou a representação política de Darci Lermen, dentro dos quadrantes parauapebenses na cordilheira de ferro. Não há dúvida que o prefeito eleito tornou-se a maior personalidade política da “capital do minério”. Uma figura que parece configurar acima do bem e do mal.
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