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quinta-feira, 31 de maio de 2018

O Brasil é Lula x Rede Globo





Por Gustavo Conde (linguista, colunista do 247 e apresentador do Programa Pocket Show da Resistência Democrática pela TV 247)


Chega a ser engraçado observar os movimentos do governo e da mídia em meio à greve interminável e seus desdobramentos igualmente intermináveis. O Brasil não será mais o mesmo depois dessa greve, nem que queira.

O Brasil não será mais o mesmo nem a imprensa será mais a mesma. A imprensa teve o seu momento de auto flagelo e de auto ridicularização. Não fossem as mídias alternativas, o Brasil estaria nadando em desinformação generalizada – como, aliás, sempre nadou.

A débâcle da imprensa começou com a divulgação dos arquivos da CIA sobre Geisel. A informação demoliu a produção historialista do glorioso colunista Elio Gaspari, com seus seis volumes de ‘Fake History’. Locado no jornal Folha de S. Paulo e n’O Globo, Gaspari não conseguiu se explicar nem se safar do mico de ter feito um ‘fichamento’ em seis volumes de péssima qualidade factual e historiográfica. Vai para a lixeira do pensamento, junto com os livros do Fernando Henrique Cardoso.

Anunciava-se ali, com essa revelação sobre os governos golpistas Geisel e Figueiredo, a coleção de maus momentos que a imprensa familiar brasileira iria viver com intensidade dramática. A Ditabranda da Folha ressuscitou como o pressuposto mais fajuto jamais publicado em nenhum jornal avacalhado do mundo, por mais vendido que fosse. Feio.

A Dona Folha, aliás e em tempo, foi esculhambada pela sua competente ombudsman nesse último domingo. Paula Cesarino Costa afirmou que a imprensa foi “atropelada pela greve dos caminhoneiros”, com destaque especial para o veículo que a emprega.

Os erros de jornalismo básico foram, são e continuam sendo tantos, que o sentimento deste missivista nem é de deboche – embora pareça – ou de prescrição técnica: é de tristeza. Porque a imprensa no grau zero da credibilidade prejudica a democracia e atrasa todo e qualquer processo de desenlace político, de que tanto o Brasil precisa neste momento.

O jornalismo brasileiro virou um jornalismo de fofoca, de bastidor. Não se apura mais nada, tampouco se constroem pautas dignas para que se descubra algum tipo de realidade factual. Jornalismo é técnica e a técnica se perdeu.

Surpreendentemente, os jornalistas trabalhadores, aqueles que ganham menos e correm atrás da notícia, têm ao menos tentado fazer um trabalho digno. Fotógrafos, repórteres e freelancers se sobressaem na tarefa de redigir e captar informações relevantes e minimamente factuais.

Mas quando esse material chega nas editorias e passa pelo crivo do editor-chefe-censor, tudo se obscurece. A manchete mata a matéria e o trabalho do repórter é jogado no lixo. É a velha história: “podemos tirar se achar melhor”.

Nesse breu de desinformação, a greve dos caminhoneiros pôde prosperar com uma desenvoltura fantástica. Porque o próprio governo, sócio e bebedor da fonte de informação de péssima qualidade da imprensa, caiu em confusão generalizada. Em outras palavras: o jornalismo avacalhado brasileiro prejudicou até o seu financiador mais fiel, o governo Temer, ao se negar a prospectar informações factuais concernentes à greve e a editá-las com a mínima dignidade profissional.

Para vocês terem uma ideia, a imprensa chegou atrasada em todos os momentos críticos da greve. As mídias alternativas já chamaram a greve de locaute na segunda-feira, dia 21 de maio. A imprensa levou 48 horas para entender isso. Quando entendeu, já nem era mais locaute, era um movimento difuso e sem liderança clara.

O governo, por sua vez, foi aceitar que era um locaute só na sexta-feira, dia 25 de maio, quando até a imprensa já havia também abandonado essa tese (para retomá-la depois, aos espasmos do delírio do ‘salve-se quem puder’).

Um desastre completo, substanciado e generalizado. Todos os dois sócios, no entanto, imprensa e governo, tiveram que experimentar a humilhação de se informarem, aos 45 minutos do segundo tempo, pela blogosfera. Foi a blogosfera que pautou a greve com a mínima factualidade e serviu – inclusive aos jornalistas quebra-queixo da imprensa familiar – de substrato para reportagens.

Eles poderiam, ao menos, agradecer. Fato é que essa greve propiciou – e está propiciando – um espetáculo de submersão e derretimento não só do governo, mas também da imprensa que, certamente, ressuscitará com uma fênix, como reza a organização corporativa que rege as democracias por aí. Traduzindo: a imprensa se reinventa, don’t worry.

O show de horrores, no entanto, foi interessante. Só para efeito de constatação pragmática: Folha, Estadão e O Globo anunciaram umas vinte vezes o final da greve na semana passada. Uma vergonha monumental.

Para piorar, nesta semana, do alto da extrema vergonha, eles se recusaram a noticiar o fim da greve que o governo anunciava sem pudor, a todo momento. Aprenderam? Claro que não! Colocaram em prática o senso de ridículo.

O país, portanto e depois dessa greve, jamais será o mesmo. O ano eleitoral lateja nos interstícios da história. Vai varrer meio mundo como uma tsunami social que ganhou densidade na mesma proporção em que um péssimo jornalismo foi sendo praticado e em que uma população foi sendo ludibriada. A resposta está a caminho.

Tudo foi – e está sendo – muito bufo e deprimente. O espetáculo da desinformação e da incompetência não deixa de ser um espetáculo. A gente assiste como quem assiste a uma ópera. É só abstrair do colapso social que vai se intensificando.

Aliás, é digno de nota: o Brasil vive um processo agônico das descontinuidades. É pura crise de semiótica: os elementos disruptivos não são mais disruptivos: eles duram. O golpe dura (e, portanto, não é mais um golpe – é algo pior, ainda sem palavra correlata). As fakenews da imprensa e do governo duram. O estado de horror dura. O medo dura. Talvez, seja a reencarnação significante da dita... Dura. Tudo dura, nada se resolve. Tudo se agoniza e não se encerra.

Sem dúvida, a gente vive o momento social mais complexo e truncado da história do Brasil – quiçá, do mundo. Não é pouca coisa ter uma elite dessas e uma imprensa dessas, juntas. É dose para elefante.

A blogosfera, no entanto, salva. Na blogosfera tem análise sem rabinho preso. Tem diversidade. Tem polifonia. Tem interpretação real e coletiva, não esse biscoitinho podre da imprensa homogeneizante e totalitária.

De sorte que todo esse processo degradante (e ao mesmo tempo libertador, porque vai nos levar a algum lugar que não esse), foi desencadeado por um único e exclusivo fato: a prisão de Lula.

O que provoca esse volume de desencontros e confusões políticas e sociais é o sequestro do mais importante ator político de nossa história. Que não se iluda: é porque Lula está preso e incomunicável que o Brasil entrou em colapso social generalizado – não é por causa do Pedro Parente, que está na Petrobrás há dois anos.

O povo brasileiro, inclusive, dá essa chave de interpretação a todo momento. Ele coloca Lula na vitória acachapante de primeiro turno com sobra em todas as pesquisas. É uma humilhação para o golpe e para a imprensa, sem dó.

Esse dado encurrala a imprensa e o governo. Eles hesitam em produzir enunciados, uma vez que o grande manancial de enunciados políticos com credibilidade está trancafiado em uma prisão política e arbitrária.

Lula, essa inteligência desproporcional, está completamente blindado deste caos social e, mais que isso: ele é a razão pela qual este caos foi produzido. Sem Lula, o Brasil é isso. Sem Lula, o Brasil é esse.

A ausência de Lula para servir de referência política confunde até a direita e a imprensa. É técnico. Trata-se das leis do discurso: como Lula não está mais presente na rotina diária do processo político, a energia gasta com o ódio dirigido a ele foi para outro lugar.

Em suma, o ódio residual dirigido a Lula foi redirecionado para o governo, para a imprensa, para Temer e para Pedro Parente, com sua energia potencializada e aumentada em muitos níveis. Lula desorganizou a cena política e propiciou, através de sua ausência, o caos político. Ele sabia disso e é por isso que tomou a decisão de “se entregar”. Quando “se entregou”, portanto, Lula estava sendo estratégico, de posse plena de sua incomensurável inteligência política.

Resta-nos observar os acontecimentos e se preparar para a grande batalha final, que será, como sempre, Lula versus Rede Globo.

Ciro Gomes: um candidato de aluguel tipo "harvard business" e "clinton cash machine"

CIRO GOMES, o farsante de Pindamonhangaba, é tão confiável quanto Marina Silva e Marta Suplicy, o rapaz tem a convicção criminosa de um membro da Lava Jato, possui aquele delírio messiânico de que tem um destino heróico, traçado pelos deuses, de que ele um dia será presidente e salvará o Brasil


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Bolsonaro, Marina e Marta

O que diferencia CIRO GOMES do meliante Bolsonaro é a posse de um cérebro, tirando isso, a veia autoritária, fascista e oportunista pulsa com a mesma intensidade. 

O moço de Pindamonhangaba, assim como Marina Silva e Marta Suplicy, delira que nasceu para ser presidente do Brasil, mas não passa de um candidato avulso que já passou por sete legendas, sempre alugando sua eloquência tipo "harvard business", treinada na grana do "Clinton Cash Machine".


Histeria

Acometido daquilo que nos primórdios da psicanálise seria diagnosticado como histeria, o comportamento do traidor Ciro Gomes, diante de Lula, parece aquela piada do elefante e da formiguinha andando pelo deserto, de uma hora para a outra a formiguinha olha para trás e diz para o elefante: 

"-Viste a poeira que estamos levantando?"


Candidato "fast food", arrumadinho e com discurso pronto

Ciro é um fast food, comida rápida e pronta, um candidato dele mesmo, um falante que a cada quatro anos é alugado por qualquer partido, dessa vez, se acamou no PDT.

O PDT, incompetente para gerar sequer um candidato próprio, entrou num site , um shopping virtual, encheu o carrinho de Ciro Gomes,  tudo arrumadinho e com discurso pronto, tipo PSDB. 

Não entra com nada, confunde e divide

Sem qualquer identidade com o povo e muito menos com a esquerda, sequer com o partido que alugou a sua candidatura para a incerta eleição de 2018, Ciro Gomes não tem nada a oferecer e ainda quer dividir os votos do campo progressista, veio pra confundir e esse papel ele desempenha com extrema habilidade, ainda é alimentado por alguns vacilantes da imprensa independente e, pasmem, até alguns sociólogos e educadores, pelo jeito, estes últimos destinados a seguirem os passos do embusteiro Cristovam Buarque.  

Não serve



É preciso fechar as portas e dizer claramente para CIRO GOMES o que LULA já sinalizou, com o espírito conciliador de quem não se permite arroubos, tratando com extrema generosidade o farsante de Pindamonhangaba, disse LULA: "É um bom quadro, mas não é um líder".

LULA foi muito generoso, mesmo com o exemplo das traições recentes de Marina e Marta, não fechou as portas para o "cearense de São Paulo".

Ninguém gosta de traidores


Não precisa LULA ensinar ao letrado CIRO GOMES, a esta altura da vida a sumidade de Pindamonhangaba já deveria ter aprendido uma lição básica da peleja política: "Ninguém gosta de traidores, nem de um lado, nem do outro.

Ciro não será presidente da República nesta eleição e, a partir de agora marcado pelo signo do oportunismo hipócrita, talvez, nunca mais.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

O povo, via GLOBO, manda recado para os juízes corruptos: "Vamos prender Temer e soltar LULA"


Parauapebas: Controladoria-Geral trava projeto da Universidade Estadual do Pará

Controladoria-Geral é acusada de "engavetar" licitação que viabiliza a obra da UEPA em Parauapebas

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ELIAS DA CONSTRUFORTE cobra agilidade para implantação da UEPA em Parauapebas
Foto: Pebinha de Açúcar


A prioridade que não é bem assim

No dia 22 de março de 2018, uma equipe do governo municipal de Parauapebas esteve reunido com o reitor da Universidade Estadual do Pará (UEPA), o encontro era pra encaminhar, finalmente, a implantação de um campus da instituição em Parauapebas (leia AQUI).

Contudo, porém e todavia, o que parecia que era prioridade era só isso mesmo, uma reunião, até hoje a licitação está parada devido a falta de compromisso dos membros da Controladoria e Procuradoria do governo municipal. 

Desde janeiro de 2012

Ainda em 2012, o prefeito DARCI LERMEN assinou o convênio de construção do campus da UEPA e deixou tudo mais ou menos encaminhado (aqui), mas aí veio o governo Valmir da Integral e nada se concretizou, agora, quando tudo parecia que estava priorizado, com Darci novamente prefeito, um órgão e alguns procuradores de carreira do município fazem de tudo para barrar essa importante conquista da população de Parauapebas e principalmente da sua juventude.

50 mil jovens esperando

Segundo o secretário de educação, Raimundo Neto, são 50 mil jovens que já concluíram o ensino médio em Parauapebas e esperam a oportunidade de frequentar um curso superior, ou seja, não se poderia ter um motivo maior que esse pra se ter o empenho dos membros da controladoria e procuradoria, de modo que qualquer entrave deveria ser combatido pelo governo local com muito rigor, seja procurador de carreira ou qualquer um que esteja "emperrando", engavetando o projeto UEPA. 

Jatene não tem compromisso

A equipe da controladoria do município e alguns "procuradores belenenses" deveriam ter mais responsabilidade com as suas atribuições e com a população de Parauapebas, já que não tem com os seus governantes, todos sabem que o JATENE não tem o menor compromisso com nossa cidade, ele quer apenas uma "pezinho" pra não implantar o campus em Parauapebas.

Parauapebas, nem pagando

Acredite,  a UEPA está presente em 16 municípios do Pará, é um absurdo  ainda não ter um campus da instituição em Parauapebas, o quinto maior deles, isso já revela a falta de compromisso do governador Jatene, mas pelo jeito não é só Jatene, pois nem Parauapebas pagando parece que teremos o bendito campus, quando a oportunidade surge, mesmo o prefeito e o secretário querendo sua implantação, aparece um "controlador e ou um procurador belenense" para engavetar o projeto.

Cobrança 

A situação levou o vereador, presidente da Câmara Municipal, ELIAS DA CONSTRUFORTE, a cobrar publicamente as devidas providências da Controladoria e da Procuradoria de Parauapebas, pois não é aceitável que um projeto tão importante para a população da cidade seja tratado com tanto descaso por servidores e membros do governo do município.

Até a Vale já fez a sua parte

O vereador lembra que até a Vale já provisionou recursos para a obra, mesmo assim o projeto não consegue dar um passo adiante, sendo "travado" num órgão interno do governo municipal.

"Quero relembrar aos senhores que esta história da Uepa vem rolando deste 2011, mas só no ano passado, após eu ter ido atrás da Vale para saber como estavam as tratativas para a implantação da universidade aqui em Parauapebas é que as coisas voltaram a andar, a Vale já havia disponibilizado R$ 20 milhões de reais, mas faltava o terreno e o projeto de execução para que esse dinheiro começasse a ser liberado", disse o presidente da Câmara, Elias da Construforte.

O vereador Elias finalizou lembrando que Parauapebas tem um sonho de um dia ser um "pólo universitário".

terça-feira, 29 de maio de 2018

TEMER não cai, ele é o presidente de um CONGRESSO e de um PODER JUDICIÁRIO corruptos

"Temer nunca teve qualificativos morais para ser presidente da República. Colocado no cargo por um Congresso golpista e corrupto e por um judiciário igualmente corrupto e golpista" (Aldo Fornazieri)


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O artigo do professor ALDO FORNAZIERI pode ser lido (aqui), o contraponto realizado por um comentarista do Blog do Luis Nassif está bem mais adequado ao que aflige o BRASIL, por isso o publicamos a seguir, imperdível a leitura:




Quando critico duramente, de forma até impiedosa, Aldo Fornazieri, Wanderley Guilherme e outros, estejam certos que não é por implicância. Raciocinem comigo:

1º) O sujeito é Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo;

2º) Com as credenciais acima ele sabe como funciona o sistema político brasileiro, o regimento da Câmara Federal, a legislação eleitoral, etc. Ele sabe também que Rodrigo Maia e outros que hoje compõem o mais reacionário e corrupto Congresso Nacional pretendem renovar o mandato. Neste ano tanto Rodrigo Maia como Eunício de Oliveira, presidente do Senado e 2º na atual linha sucessória da presidência da república, tiveram de inventar viagens ao exterior, para que não se tornassem inelegíveis em outubro.

3º) NENHUM paralamentar que pretenda se reeleger deputado ou senador quer proximidade com esse golpista, corrupto e moribundo governo; qualquer político que venha a assumir a cadeira presidencial colherá apenas ônus. Portanto, NÃO há o mínimo interesse de Rodrigo Maia, Eunício de Oliveira ou qualquer outro parlamentar em assumir essa bucha de canhão, a menos que a turma dos quartéis ou das togas aplique outros golpes, adie por dois anos ou cancele a eleição presidencial.

4º) Para o alto comando internacional do golpe (Deep State estadunidense e finança internacional) esse desgoverno está atendendo plenamente aos propósitos estabelecidos: desmontar todo o projeto de desenvolvimento soberano e inclusivo do Brasil e dilapidar e entregar às grandes empresas estadunidense/européias/asiáticas as riquezas e setores estratégicos do Brasil, como o de petróleo, água doce, elétrico, aero-espacial e de defesa. A Fraude a Jato e toda a trama do golpe visavam destruir, fatiar e privatizar a Petrobrás, além de entregar os campos do Pré-Sal às 7 irmãs do norte (as 7 grandes petroleiras). 

5º) A milicalha entreguista e sabuja (liderada pelo general Etchegoyen e outros mais broncos, rombudos e boquirrotos) ficou encarregada de espionar, sabotar e reprimir movimentos sociais e reivindicatórios (MST, MTST, MAB, etc.), além de partidos políticos progressistas e de esquerda (basta ver o que é publicado em páginas como defesa.net para se ter uma idéia da ignorância, desinformação, manipulação e antipatriotimo dessa turma fardada, usada como instrumento da guerra híbrida pepetrada pelos EUA para derrubar governos progressistas ede países nã alinhados, mas que se acha possuidora de inteligência superior, acusando os adversários pelo que ela faz).

6º) É muito fácil escrever artigos acadêmicos ou manifestos, cheios de frases de efeito, acusando a esquerda Democrática de 'fraqueza', falta de iniciativa, omissão... Menos óbvio, porém, é perceber que os golpistas têm consigo TODO o aparato de Estado , inclusive o da repressão e da violência. Qualquer vacilo ou escorregão nas cascas de banana lançadas pelos golpistas (como é o caso desse movimento, um misto de greve e lockout dos caminhoneiros e empresas transportadoras) serviria/servirá de pretexto para que a turma dos coturnos feche o regime, adie ou cancele as eleições, a camarilha de Temer continue no saque e o desmonte do Brasil.

7º) Impressionante, NENHUM analista tenha percebido que esse movimento dos caminhoneiros foi articulado e agendado exatamente para os dias que antecedem à paralisação dos petroleiros, que protestam contra o desmonte e privatização da Petrobrás, dolarização do preço dos combustíveis, que têm tido aumentos diários, impedindo qualquer planejamento de custos e precificação do frete por parte de empresas de transporte e profissionais autônomos. Não é "coincidência", muito menos "milagre" que os desbloqueios e desabastecimento tenham arrefecido exatamente hoje, 29 de maio, um dias antes da já anunciada - há mais de 30 dias - paralisação dos petroleiros.

8º) Ágeis em seus diabólicos planos, os golpistas já arregimentaram Alexandre de Moraes, no STF, para criminalizar o movimento dos petroleiros. AGU e TST já pediram ao tucano de careca reluzente - que advogou para empresa de vans acusada de ser controlada pelo PCC - que considere ilegal e abusiva a greve. Conforme cabeçalho de notícia publicada hoje no 247

"A Petrobras e a Advocacia-Geral da União (AGU) foram ao TST pedir que a greve de petroleiros, prevista para amanhã (30), seja considerada ilegal, sob pena de multa de R$ 10 milhões por dia aos sindicatos responsáveis caso haja paralisação; alegação é que a greve será abusiva por ofender direitos fundamentais de toda a sociedade, e nula, por trazer reivindicações que não são de cunho trabalhista, mas político..."

Esses argumentos risíveis só tem chance vingar porque o STF acanalhado faz parte da trama golpista. Qual greve não é política? E a "greve/lockout" dos caminhoneiros autônomos e das transportadoras não é/era política?

Enfim, quem assumiria/rá a presidência da república, em caso de renúncia ou deposição de Michel Temer seria/rá Cármen Lúcia, que por ter cargo vitalício no STF e não precisar da legitimidade do golpe, poderia servir de fantoche perfeito do PIG/PPV (Globo à frente), do Deep Stae estadunidense, da finança internacional e dos milicos vira-latas e entreguistas.

Por relações obscuras com bandidos da "FACÇÃO BOLSONARO", greve de caminhoneiro perde apoio popular

A greve legítima acabou, o que continua não é mais de caminhoneiros, agora são os oportunistas donos de empresas transportadoras ligados aos bandidos da "FACÇÃO BOLSONARO" 


Não é caminhoneiro é empresário dono de mais de
600 caminhões e membro da "FACÇÃO BOLSONARO
"


Bandidos da "FACÇÃO BOLSONARO" fazem greve perder apoio da população (LEIA AQUI na www.revistaforum.com.br)

Pesquisa tracking, usada para monitoramento diário da opinião dos brasileiros, já mostra perda significativa de apoio popular à greve dos caminhoneiros.

Manipulados pela "FACÇÃO BOLSONARO"

O uso político da greve dos caminhoneiros pelo meliante BOLSONARO e seus empresários/fazendeiros é a principal causa da rejeição ao movimento, hoje a greve dos caminhoneiros já não tem mais apoio popular.

Ficou evidente 

A população brasileira prestou muita solidariedade aos caminhoneiros e a sua greve, pois era muita justa diante dos abusivos preços dos combustíveis, provocados pelo golpista MICHEL TEMER e pela LAVA JATO, mas o movimento foi capturado por empresários gananciosos e sem escrúpulos, um deles, EMÍLIO DALÇÓQUIO, tem ao menos 600 caminhões, ou seja, não é caminhoneiro é explorador de caminhoneiro, o indigente é membro da "FACÇÃO BOLSONARO", ele quer simplesmente o caos, pois acredita que com o sofrimento da população e com a escassez de alimentos ele assim ganhará muito mais dinheiro.

Oportunista

O empresário oportunista é do Paraná, EMÍLIO DALÇÓQUIO, membro da "FACÇÃO BOLSONARO", não tem nada de caminhoneiro, é patrão e obriga seus motoristas a usarem faixas de apoio a "FACÇÃO BOLSONARO" e pedindo a intervenção de "bandidos militares".

Interesse próprio

Ficou evidente, a greve que teve um início legítimo e ao ser capturada por empresários membros da "FACÇÃO BOLSONARO" perdeu o sentido que fez a população apoiar o movimento, seja por ficar claro que esses empresários querem apenas e exclusivamente o atendimento dos seus interesses e também pelo uso político partidário pela "FACÇÃO BOLSONARO".

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Entenda a política de preços abusivos dos combustíveis, iniciada pelo golpista Michel Temer e o PSDB

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A produção e refino de petróleo como utilidade pública - Lavra e refino são monopólios da União

Por Paulo César Ribeiro Lima (www.aepet.org.br)

Como bem estabelece a Constituição Federal, em seu art. 177, tanto a lavra quanto o refino são monopólios da União, que, por sua vez, pode contratar essas atividades com empresas estatais ou privadas. Transcreve-se, parcialmente, esse artigo:

“Art. 177. Constituem monopólio da União:

I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
(...)
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

Também é importante destacar que o abastecimento nacional de combustíveis é considerado atividade de utilidade pública, nos termos da Lei nº 9.847 de 26 de outubro de 1999:

“Art. 1º A fiscalização das atividades relativas às indústrias do petróleo e dos biocombustíveis e ao abastecimento nacional de combustíveis, bem como do adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e do cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis, de que trata a Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, será realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ou, mediante convênios por ela celebrados, por órgãos da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1º O abastecimento nacional de combustíveis é considerado de utilidade pública e abrange as seguintes atividades:

I - produção, importação, exportação, refino, beneficiamento, tratamento, processamento, transporte, transferência, armazenagem, estocagem, distribuição, revenda, comercialização, avaliação de conformidade e certificação do petróleo, gás natural e seus derivados;”

Em resumo, a produção e o refino de petróleo não podem ser tratados como um simples negócio privado com foco no lucro empresarial e no mercado, como tem ocorrido, ilegalmente, no País.

O Brasil, com a descoberta da província petrolífera do Pré-Sal, tem oportunidade única de se tornar autossuficiente tanto em petróleo quanto em combustíveis. Importa ressaltar que o País é exportador líquido de petróleo, mas importador líquido de derivados de petróleo.

Nos anos recentes, o Brasil tem sempre exportado petróleo pesado e importado petróleo mais leve para gerar uma carga adequada para as refinarias. No entanto, nos últimos anos, foi muito grande o aumento das exportações de petróleo, conforme mostrado na Figura 1.

Figura 1 – Evolução das exportações de petróleo cru


Em 2005, o Brasil exportou cerca de 100 milhões de barris; em 2017, as exportações foram superiores a 350 milhões de barris. Se esse petróleo exportado, produzido a partir da exploração de um bem da União, nos termos do art. 20 da Constituição Federal, fosse refinado no Brasil, seriam gerados empregos e autossuficiência em derivados de petróleo, tão importantes para o desenvolvimento sustentável do País.

A consequência das exportações de petróleo cru e a pouca importância dada às atividades de refino é o aumento das importações de derivados, como mostrado na Figura 2.


Figura 2 – Evolução das importações de derivados básicos

Em 2005, o Brasil importou apenas cerca de 15 milhões de barris de óleo diesel; em 2017, a importação desse derivado ultrapassou 80 milhões de barris. No passado, o País era exportador de gasolina; em 2017, o Brasil importou mais de 28 milhões de barris desse combustível. Também grande foi o aumento das importações de gás de cozinha, o chamado gás liquefeito de petróleo (GLP), cujas importações aumentaram de cerca de 5 milhões de barris em 2005 para mais de 20 milhões em 2017.

Essas importações de derivados provocam um grande impacto nos preços aos consumidores brasileiros, pois são comprados a preços de mercado internacional em dólares e sujeitos a variações cambiais. Além disso, há um custo de internação para trazer esses combustíveis para o Brasil.

As licitações de blocos da província do Pré-Sal são, então, uma grande oportunidade para fazer com que o Brasil se torne autossuficiente em derivados básicos como óleo diesel, gasolina e GLP.

Bastava que as resoluções do CNPE e os editais da ANP, que estabelecem as condições contratuais, condicionassem as exportações de petróleo cru ao abastecimento do mercado nacional com combustíveis produzidos no Brasil. Se isso ocorresse, estariam resolvidos os graves problemas do mercado nacional de combustíveis.

Atualmente, o custo de extração do Pré-Sal já é inferior a US$ 7 por barril. O preço mínimo do petróleo para viabilização dos projetos do pré-sal (break-even ou preço de equilíbrio), que era de US$ 43 por barril no portfólio da Petrobrás de três anos atrás, caiu para US$ 30 por barril no plano de negócios em vigor, o que representa uma redução de 30%. Adicionados ao custo de extração outros custos como depreciação e amortização, de exploração, de pesquisa e desenvolvimento e de comercialização, entre outros, o custo total de produção pode chegar a US$ 20 por barril.

Mas não é apenas o custo de produção do Pré-Sal que é baixo, o custo médio de refino da Petrobrás no Brasil também é baixo, muito inferior ao do exterior, conforme mostrado na Tabela 3. Nos últimos quatro trimestres, o custo médio de refino da Petrobrás foi inferior a US$ 3 por barril.


Figura 3 – Custo médio de refino da Petrobrás

O custo total de produção somado ao custo de refino totaliza apenas US$ 23 por barril. Se o preço de equilíbrio for somado ao custo médio de refino, em vez do custo total de produção, chega-se a um custo médio de US$ 33 por barril de combustível.

Somados outros custos administrativos e de transporte, o custo médio de produção de óleo diesel, por exemplo, seria de, no máximo, US$ 40 por barril. Utilizando-se uma taxa de câmbio de 3,7 Reais por Dólar e que um barril tem 158,98 litros, o custo médio de produção do diesel é de apenas R$ 0,93 por litro.

Ocorre que a Petrobrás, antes da redução de 10% no preço do óleo diesel por 15 dias, estava praticando um preço médio nas refinarias de R$ 2,3335 por litro, o que representa uma margem de lucro de 150%. Depois dessa redução, o preço do óleo diesel nas refinarias reduziu-se para R$ 2,1016 por litro.

Mesmo após essa redução de 10%, a margem de lucro da Petrobrás de 126% seria altíssima Assim sendo, não faz sentido a estimativa de que a União poderia ter que repassar R$ 4,9 bilhões à estatal até o final do ano. Em relação ao óleo diesel produzido a partir do petróleo nacional, essa redução de 10% representa apenas uma diminuição nas margens de lucro de 150% para 126%, ambas altíssimas.

Se todo o óleo diesel consumido no Brasil fosse produzido internamente a um custo de R$ 0,93 por litro, o preço nas refinarias, mesmo com uma margem de 50%, seria de R$ 1,40 por litro, valor muito inferior ao praticado pela Petrobrás, de R$ 2,3335 ou R$ 2,1016 por litro.

Estima-se, a seguir, qual seria o preço nos postos se o preço de realização da Petrobrás, nas refinarias, fosse de R$ 1,40 por litro. A esse valor têm que ser acrescidas as seguintes parcelas, por litro:

- Cide: R$ 0,05;
- Pis/Cofins: R$ 0,298;
- Margem de distribuição e revenda (cerca de 9%): R$ 0,207;
- ICMS (15%, em média): R$ 0,345.

Observa-se, então, que se o petróleo do Pré-Sal for refinado no Brasil, ele poderá ter um preço nos postos de combustíveis de R$ 2,30 por litro; preço muito menor que o atualmente praticado que é superior a R$ 3,50 por litro.

Conforme mostrado na Figura 4, a carga tributária incidente sobre o óleo diesel, de apenas 29%, é muito baixa quando comparada a outros países. Na Europa, a carga tributária sobre esse combustível é bem superior a 50% e mesmo o diesel sendo importado, o valor pago na refinaria é menor que no Brasil. Os tributos cobrados chegam a ser três vezes maiores que no Brasil.

Nesse contexto, não faz sentido que a União deixe de arrecadar, anualmente, cerca de R$ 14,9 bilhões, relativos a Pis/Cofins, como aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, no dia 23 de maio de 2018, e R$ 2,5 bilhões, relativos à Cide. Registre-se que 29% da Cide é repassada a Estados e Municípios.

Os dados mostrados na Figura 4 demonstram, claramente, como a atual política de preços no Brasil é tecnicamente equivocada.


Figura 4 – Composição do preço do óleo diesel em diversos países


Dessa forma, não se justifica reduzir tributos sobre esse combustível, que podem ser importantes para a consecução de políticas públicas em quadro de crise fiscal. A grande parcela, e que precisa ser reduzida, é o valor pago na refinaria, que representa 55% do preço nas bombas.

O alto preço de realização nas refinarias do Brasil decorre do fato de a política de preços da Petrobrás acrescentar ao preço no Golfo (Estados Unidos) um custo de transporte, de taxas portuárias e de margem de riscos. Assim, o preço da estatal é mais alto que o preço no mercado internacional.

Está também sendo repassada para os consumidores, até diariamente, a volatilidade tanto dos preços no mercado internacional quanto do câmbio para a população, o que não faz, tecnicamente, o menor sentido. A redução dessa volatilidade pode ocorrer por diversos métodos, como bandas ou médias móveis, como ocorre nos países não autossuficientes em derivados. Nesses países, os períodos de amortecimento variam de semanas a meses.

A Figura 5 mostra os preços de realização nas refinarias da Petrobrás do óleo diesel S-10 e S-500, assim como o óleo diesel de baixo enxofre nos Estados Unidos (Golfo).

Figura 5 – Evolução dos preços do óleo diesel depois da nova política da Petrobrás


Como mostrado na Figura 5, além de voláteis, os preços nas refinarias do Brasil são mais altos que nos Estados Unidos (Golfo), em razão da atual política de preços da Petrobrás.

Em suma, mesmo que a Petrobrás tivesse uma margem de lucro de 50%, o óleo diesel poderia ser vendido nos postos a R$ 2,30 por litro, desde que o petróleo fosse produzido e refinado no Brasil. Daí a importância de se combater o Edital da 4ª Rodada de Licitações do Pré-Sal, por não fazer qualquer exigência relativa a refino no País.

Se os contratos assinados com as empresas petrolíferas estabelecessem esse tipo de exigência, por certo não estaríamos vivendo a dramática crise de abastecimento que ora assola o País.
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  1. Sobre o autor - Foi engenheiro da Petrobrás, Consultor Legislativo do Senado Federal e Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados;
  2. Disponível em http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/vamos-bater-meta-de-producao-e-reduzir-custos-de-extracao-afirma-parente-na-otc.htm Acesso em 24 de maio de 2018;
  3. Disponível em http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/preco-do-diesel-tem-reducao-de-10-em-nossas-refinarias.htm Acesso em 24 de maio de 2018;
  4. Disponível em http://www.petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-precos-de-venda-as-distribuidoras/ Acesso em 25 de maio de 2018.

domingo, 27 de maio de 2018

Para defender seu amigo do PSDB, Sérgio Moro ataca os caminhoneiros e jornalista responde na "lata" do juiz tucano

A FUP EXPLICA OS PREÇOS ABUSIVOS DOS COMBUSTÍVEIS

O Le Monde Diplomatique passa a receita para você exilar o "manifestoche" que se apossou do seu cérebro, aproveite e abandone a sua triste situação de reles "coxinha burro", de pato da FIESP

A situação brasileira em breves tópicos de fácil entendimento 




1. No mundo há pessoas muito ricas (donos e acionistas principais das grandes corporações transnacionais industriais ou do agronegócio, banqueiros, empresários do setor imobiliário, gente que vive da renda de heranças e de aplicações financeiras, etc.). Elas representam 10% da população mundial, mas as mais ricas são mesmo apenas 1%.

2. O Estado (poder público) de todos os países precisa de dinheiro para manter a sua estrutura, oferecer serviços, fazer investimentos e obras, estimular a economia, etc. Para isso existem os impostos, taxas e contribuições, os bancos e empresas estatais, os empréstimos e vendas de títulos do Tesouro e outras fontes.

3. As pessoas muito ricas conseguem eleger seus representantes nos governos dos países e, assim, controlam o Estado. Elas decidiram que, ao invés de pagar impostos, seria mais vantajoso para elas emprestar dinheiro aos Estados a juros comprando títulos do Tesouro. Dessa forma, elas se livrariam do risco de taxações maiores e ainda fariam disso um negócio mais rentável do que produzir e gerar empregos. Mas para isso, era necessário tornar os Estados dependentes de seus recursos.

4. Assim, conseguiram implantar no mundo programas de governos que buscavam aumentar a arrecadação e manter o fluxo de recursos públicos por meio de empréstimos (venda de títulos do Tesouro resgatados com juros). As nações precisavam oferecer juros atrativos, implantar medidas rigorosas de gestão e aprovar leis que dessem segurança aos investidores (que agem como agiotas) de que os juros seriam sempre pagos.

5. Os países arrecadavam dinheiro, gastavam, faziam obras (boas ou más), ofereciam serviços (bem ou mal) e se sustentavam com o dinheiro que entrava durante um tempo.

6. Porém, como uma grande parte da entrada de recursos (receita) não vinha dos impostos, mas dos empréstimos (operações de crédito), os países acumularam uma dívida enorme e tinham que pagá-la constantemente, pois senão ninguém mais iria continuar emprestando dinheiro (comprando os títulos). Ou seja, se não houvesse um pagamento religioso, os agiotas não investiriam mais e, pior, poderiam fazer mal ao país tomador de empréstimo pelo controle que exercem sobre governos de países mais poderosos.

7. A dívida pública mundial chegou a 50 trilhões de dólares. O PIB mundial é de 80 trilhões. A dívida dos EUA chegou a 20 trilhões, aproximadamente o tamanho do seu PIB. E quando o Estado está endividado, na verdade quem deve é a população, pois é dela que vêm os recursos para o pagamento das dívidas dos Estados. (A evolução da dívida interna dos EUA pode ser acompanhada no que chamaríamos no Brasil de “dividômetro”, o “US Debt Clock”: http://usdebtclock.org)

8. Quando a arrecadação pública por impostos e outras fontes é suficiente para pagar os investidores (agiotas) e ainda dá para oferecer serviços públicos como saúde e educação com um mínimo de decência, gastar com combate à fome e à pobreza, para investir em habitação popular, etc. o país fica estável e a política também. Novos empréstimos servem também para pagar empréstimos anteriores que venceram.

9. Porém, quando a arrecadação pública cai por alguma crise ou problemas na economia, locais ou mundiais, os agiotas querem garantir o seu. Não existe negociação, não importa a situação do país e de seu povo. O sistema que alimenta esse fluxo de recursos é impessoal, não tem sentimentos ou consciência social e humanitária. Só opera visando o retorno com ganhos máximos.

10. Se o Governo que está gerindo o Estado não atender aos investidores em todas as suas exigências, ele é atacado por diversos meios até ser destituído. Em seu lugar deve entrar um que obedeça aos 10% mais ricos em tudo. A submissão total é condição para a chegada ao poder e a permanência nele.

11. Nesse quadro, a parcela mais rica da população mundial quer a permanência do modo de gestão da economia que deixa o Estado refém dos emprestadores. Isso implica ou a manutenção de juros altos ou medidas de estrangulamento do orçamento público (que eles chamam de “ajuste fiscal”) que deem aos agiotas a certeza de que seus empréstimos serão remunerados como contratado (com menos riscos, aceitam-se juros mais baixos).

12. É preciso garantir que o Estado tenha dinheiro suficiente para pagamento dos juros. Isso poderia ser feito aumentando os impostos dos mais ricos. Mas, como fazer isso se são os mais ricos que controlam os Governos eleitos ou os empurrados goela abaixo sem votos?

13. Resta a opção de economizar nos gastos, ou seja, reduzir a parte da receita que era destinada para manter e melhorar serviços como atendimento à saúde, construção de habitações populares, melhoria na educação, assistência social, combate à fome e à pobreza, atendimento aos excluídos, etc. O corte dos gastos nos serviços públicos que atendem aos mais pobres é o que eles chamam de “austeridade fiscal”.

Mas isso não basta

14. Vender as empresas estatais e as riquezas naturais do país (como petróleo, minerais, aquíferos, etc.) também faz entrar dinheiro em caixa, que vai diretamente para a mão dos emprestadores (investidores, agiotas). Vendem bens e riquezas permanentes para pagar uma parte da dívida que continua a crescer.

15. Pode-se também atacar o sistema de previdência para que saiam menos recursos para os trabalhadores aposentados e se gere caixa para pagar os ricos que vivem de renda sem trabalhar.

16. Pode-se até ir mais longe e congelar os gastos do orçamento por meio de emenda constitucional, para evitar que outros governos deixem de reservar dinheiro para os agiotas ou que protestos populares possam exercer pressão sobre os governos presente e futuros. Se a proibição de aumentar os investimentos na população está na lei, não adianta protestar. Lembremos que a lei não proíbe o aumento de gastos para pagar juros da dívida…

17. E não para por aí. Eles precisam pensar mais adiante e garantir seus ganhos no futuro.

18. Por isso, é preciso evitar que o povo eleja um governo que pense, ainda que minimamente, em usar recursos dos impostos para outros fins que não seja o pagamento aos agiotas e benefícios às grandes corporações. Ou seja, deve-se evitar que o povo escolha qualquer representante que venha a usar o dinheiro público para tentar reduzir o déficit habitacional, investir um pouco mais na saúde pública, no acesso à educação, no combate à fome e à miséria, no atendimento às populações excluídas, na convivência com o semi-árido, etc. Pois para todas essas medidas, seria necessário mexer no precioso dinheirinho que alimenta a pequena parcela mais rica da população.

19. É por isso que eles mandam os jornalistas da grande mídia repetir sempre aos candidatos a governo que propõem aumento dos investimentos sociais a pergunta “de onde virá o dinheiro”? Estão preocupados que mexam em uma parte mínima de seus ganhos estratosféricos para permitir que uma idosa tenha atendimento decente em uma unidade de saúde.

20. Também não podem aceitar qualquer candidato que se recuse a vender nossos aquíferos, as reservas de petróleo ou as empresas estatais.




Não precisa ser de esquerda, socialista ou comunista: os mais ricos não querem nenhum candidato ao governo que, neste momento de crise mundial, use o dinheiro público em favor da população, pois pode não sobrar para eles. Até migalhas fazem falta.

Se um candidato ao governo se declarar comunista, satanista, capitalista, terraplanista, fascista, nazista, machista, feminista, racista, pan-africanista, sionista eles não estão nem aí, desde que se comprometa com as garantias da remuneração de seu capital investido e execute seus planos. O risco não é o discurso, mas o que o candidato, se eleito, possa vir a fazer, por mínimo que seja, que derrube alguns décimos percentuais em seus ganhos. A briga ideológica eles deixam com a classe média e os lascados nas redes sociais.

Mas e se, em um país com Constituição democrática, eles não quiserem um candidato, mas o povo quiser? Ora, dá-se um jeito… Há poucas coisas que a combinação de dinheiro e controle midiático das mentes não consiga. A vontade popular é a última coisa a ser considerada em um país, principalmente naqueles com os poderes republicanos corrompidos.

Assim, segue o esquema que aprofunda o abismo da desigualdade mundial. Os que trabalham e produzem, que constituem a maioria da população mundial, pagam impostos e geram receita para o Estado. Os governos submissos transferem essa receita para os grupos privados que investiram seu dinheiro na compra de títulos do Tesouro e vivem de renda sem produzir nada e entregam os países para rapina das grandes corporações industriais e agroindustriais, alimentando a riqueza exorbitante de 10% da população e engordando o 1% cuja fortuna é despudorada.

Mas, faltou dizer uma coisa. Os 10% não querem que nós saibamos dessa história. Por isso, usam a mídia (da qual eles também são proprietários) para criar mitos que substituem o entendimento racional da realidade por frases de efeito, explicações simplórias e disputas ideológicas. E eles a usam tão bem a ponto de fazer com que muitos que estão a milhares de anos-luz de distância de sua renda defendam a história deles como se fosse a sua própria.

Na história que eles criam, setores da classe média se sentem no comando. Vibram com a vitória deles, temem os seus temores, lamentam suas derrotas e metem-se em brigas que eles mesmos não se dispõem a travar. E pagam mais de quatro reais pela gasolina…

O relato acima é pessimista? Nem tanto. Se eles precisam esconder de nós essa história é porque sabem da capacidade de mudança que a população tem quando assume as rédeas de seu destino. Não investiriam tanto na formação das consciências se o povo não tivesse tanto poder de transformar a realidade.

Para entender mais:

PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intríseca, 2014.

DOWBOR, Ladislau. A era do capital improdutivo. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.

sábado, 26 de maio de 2018

EM DEFESA DA PETROBRÁS: Governadores do Nordeste e de Minas Gerais enfrentam Michel Temer

Covarde, JATENE silencia sobre a crise da Petrobrás provocada por TEMER e pela "FARSA JATO"




"Consideramos absolutamente inaceitável a tentativa do governo federal de transferir para os Estados a responsabilidade pela solução de uma crise que foi provocada pela União, através de uma política de preços de combustíveis absurda, perversa e irresponsável"


CARTA ABERTA DOS GOVERNADORES DOS ESTADOS INTEGRANTES DA SUDENE

Os Governadores dos Estados do Nordeste e Minas Gerais, que se encontram sob a jurisdição da SUDENE, abaixo assinados, em face da grave crise de desabastecimento de combustíveis que tanto vem afligindo os cidadãos brasileiros, dirigem-se, agora, à população de seus Estados e de todo o Brasil para firmar o seu posicionamento sobre esse grave tema:

1. Em um momento de tão grandes dificuldades, como o que vem sendo vivido por todo o povo brasileiro – constantemente sacrificado pelos efeitos adversos de crise econômica e política sem precedentes – é absolutamente incompreensível que o Governo Federal autorize a Petrobras a adotar uma política de preços direcionada, unicamente, à obtenção de lucro e ao acúmulo de receitas;

2. A política da Petrobras toma por base a premissa de que a empresa deve precificar seus produtos sempre em patamares superiores aos do mercado internacional, acompanhando as suas oscilações apenas quando há elevação de preços, sem jamais repassar aos consumidores brasileiros as suas eventuais reduções;

3. Essa política de preços foi elevando, de forma assustadora, os preços de insumos básicos para a população, como o gás de cozinha, a gasolina e o óleo diesel, cujo custo repercute, diretamente, sobre todos os preços da economia, a começar por itens de consumo básico, como os alimentos, que exercem forte impacto sobre o orçamento das famílias mais pobres;

4. Os preços do gás de cozinha e da gasolina têm registrado aumentos de tal magnitude e com tamanha frequência que, algumas vezes, têm sido anunciados reajustes a cada 24 horas, numa política que tem levado produtos de primeira necessidade a ficarem completamente fora do poder de compra dos brasileiros, chegando-se a ter 11 reajustes em apenas 17 dias;

5. Em decorrência dessa perversa política de preços, é cada vez mais comum que famílias – mesmo aquelas que vivem nos grandes centros urbanos – passem a recorrer a fogões de lenha para cozinhar, aumentando, de forma assustadora, o número de acidentes com queimaduras e, muitas vezes até, com perdas humanas e materiais;

6. Neste grave momento, quando irrompe um movimento radical que – justificado pela desenfreada escalada de reajustes – bloqueia os canais de distribuição de combustíveis e coloca em risco a mobilidade, a saúde, a segurança e a integridade física de milhões de brasileiros, o Governo Federal tenta fugir às suas responsabilidades convocando os governos estaduais – já tão sacrificados pela injusta concentração de recursos na União – a renunciar às suas receitas do ICMS, supostamente para atender demandas dos representantes dos transportadores participantes da paralisação;

7. Diante disso, nós – Governadores dos Estados integrantes da SUDENE – consideramos absolutamente inaceitável a tentativa do Governo Federal de transferir para os Estados a responsabilidade pela solução de uma crise que foi provocada pela União, através de uma política de preços de combustíveis absurda, perversa e irresponsável. Colocar sobre os Estados Federados o ônus de qualquer redução da alíquota sobre os combustíveis – além de ser desrespeitoso – é atitude inconsequente e, por isso mesmo, inaceitável;

8. Para agravar ainda mais o contorno da proposta do Governo Federal, ventila-se a incoerente retirada da CIDE da parcela de recursos destinada à manutenção das rodovias, que é – por Garantia Constitucional – executada por Estados e Municípios da Federação;

9. Nós – Governadores dos Estados integrantes da SUDENE – reafirmamos nossa viva disposição de colaborar com o Governo Federal na concepção de propostas que permitam a aceleração da nossa da economia e a retomada do crescimento do Brasil, mediante a geração de emprego e renda e da inclusão de todos os brasileiros no processo de desenvolvimento da Nação;

10. Ressaltamos, no entanto, que o Governo Federal precisa rever – com urgência – a política comercial da Petrobras, reposicionando-a com responsabilidade e espírito público, trabalhando pelo saneamento das finanças da empresa, mas mantendo – acima de tudo – a consciência de que é completamente inaceitável aumentar, ainda mais, o enorme contingente de famílias brasileiras entregues ao desemprego e mergulhadas na miséria e na desesperança;

11. Por fim, destacamos nosso inarredável compromisso com os valores democráticos, ao tempo em que manifestamos nossa disposição de enfrentar – energicamente – qualquer tentativa de relativização ou destruição das conquistas democráticas do povo brasileiro nas ultimas décadas, na certeza de que a única via para superar os desequilíbrios e conflitos é a consolidação da democracia, com estrito respeito de suas práticas, princípios e processos.

26 de Maio de 2018

Rui Costa – Governador do Estado da Bahia
Camilo Santana – Governador do Estado do Ceará,
Ricardo Coutinho – Governador do Estado da Paraíba
Paulo Câmara – Governador do Estado de Pernambuco
Wellington Dias – Governador do Estado do Piauí
Belivaldo Chagas – Governador do Estado de Sergipe
Fernando Damata Pimentel – Governador do Estado de Minas Gerais