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“A política ama a traição, mas abomina o traidor” – Leonel Brizola (PDT).
Tudo bem, eu sei que essa frase do grande Leonel Brizola já virou um clichê quando se fala de política, mas não há outra mais adequada para definir o que ocorre na base do governo Darci em Parauapebas, Pará.
Para o caso específico, a frase de Brizola se tornou profética e irônica. Profética porque as pesquisas estão deixando evidente: assim que os eleitores tomam ciência das traições, passam a abominar os traidores; irônica porque a frase foi cunhada pelo fundador e líder histórico do PDT, justamente o partido de um daqueles que estão protagonizando a maior traição que Darci já sofreu em toda sua carreira política.
Traição! A palavra até parece forte demais para definir o que se passa, mas não é. Explico: no dia 22 de dezembro passado, Darci Lermen concedeu uma entrevista ao Canal 2N que já conta com mais de 5,4 mil visualizações. Nessa, quando questionado sobre quem seria o candidato do governo, se Branco da White, Braz, Keniston Braga ou Rafael Ribeiro, Darci respondeu afirmando que existia um acordo entre ele e aqueles.
E qual seria o teor desse acordo? A resposta vem pela boca do próprio prefeito: “quem estivesse melhor nas pesquisas no início de 2024, janeiro ou fevereiro, seria o candidato com o apoio dos demais”. Vejam abaixo o recorte do exato momento da entrevista em que Darci fala sobre o acordo.
Enfim, chegamos e passamos dos meses citados pelo prefeito. Três pesquisas foram registradas e publicadas em janeiro e fevereiro: Data Populi, Doxa e Simetria. Todas as três confirmam o seguinte cenário para a eleição de outubro: Aurélio Goiano lidera e Rafael Ribeiro, com larga vantagem sobre os demais, disparou entre os pré-candidatos da base do governo e se isolou em segundo lugar.
Diante desse quadro e considerando o tal acordo, uma pergunta surge naturalmente: por que certos pré-candidatos insistem em não cumprir o que foi acordado, já que todas as pesquisas recentes demonstram cabalmente que o nome mais viável é o de Rafael Ribeiro?
Ora, sejamos honestos, diante da fala do prefeito, há apenas duas possibilidades que se impõem à realidade dos fatos, uma é verdadeira: ou Darci Lermen mentiu descaradamente na entrevista ou existem traidores na base governista.
E aos traidores, como bem falava o fundador do PDT, que sejam abominados pelos eleitores.
* O autor Sinvaldo Braga é Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal.
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