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quinta-feira, 8 de julho de 2021

A primeira prisão na CPI da Covid atinge a máfia da vacina no governo Bolsonaro



Prisão atinge a máfia fardada e o centrão

Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, é o primeiro envolvido nas compras superfaturadas de vacinas a receber a voz de prisão na CPI da Covid.

São duas facções que atuam no Ministério da Saúde, uma é controlada pelos deputados do "centrão" e a outra pelos militares.

Roberto Dias é uma indicação do centrão e bateu de frente com a "máfia fardada" da alta cúpula do Ministério da Saúde, custando a sua exoneração e a do próprio general Pazuello.

Prisão em flagrante

Os senadores perderam a paciência com tantas mentiras por parte do depoente, mesmo ciente que o Código Penal e a legislação que regula as CPIs estabelecem que é crime "fazer afirmação falsa" como testemunha, Roberto Dias preferiu proteger os seus superiores, advertido diversas vezes insistiu na estratégia, não deixou opção ao presidente Omar Aziz que teve de dar voz de prisão, a primeira realizada pela CPI da Covid.

Inversão de valores

A cúpula militar do governo Bolsonaro, sem razão, ficou furiosa, emitindo uma nota descabida, parece tentar proteger os fardados envolvidos na máfia das vacinas ao invés de se posicionar ao lado da sociedade.

A prisão do depoente foi uma medida acertada da CPI e os fatos apurados até agora mostram que os militares são os principais responsáveis pelos desvios no Ministério da Saúde.

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