Por ELDAN NATO
É urgente a necessidade de políticos da esfera mais imediata – que é o município – que tenham competência para exercer um mandato efetivo do ponto de vista dos resultados e dos impactos diretos que influenciem para o bem a vida do cidadão comum, pois as consequências desta política municipal tem um peso muito mais significativo no cotidiano das pessoas.
É no cotidiano do município que se desenrola a vida, em seus aspectos mais detalhados. É nesta esfera que surgem as lideranças, que as demandas populares nascem e os conflitos acontecem. O Estado e a União são importantes no sentido de organização social e política, mas na prática, os serviços oferecidos pelo governo serão da maior qualidade, tanto quanto a gestão municipal o seja. Dificuldades enfrentadas pelo Estado e pela União como um todo terão seus impactos na vida do cidadão, mas de maneira mais suave se a tarefa de casa, dos políticos de casa, estiverem sendo feitas com a qualidade necessária para a proporção da sua responsabilidade.
Esta responsabilidade se sustenta fundamentalmente na boa atividade política do vereador, no seu trabalho de base e na sua atuação captando as demandas populares, sendo provedor de informações consistentes para que o executivo esteja sempre com uma carteira de ações a efetuar. A partir daí o Executivo trata estas pendências da maneira mais célere e eficaz possível, dando sequencia ao que se discute e se aprova na Câmara Municipal. Este é o fluxo da boa política.
São os vereadores os mais próximos das demandas dos eleitores e os que melhor observam as causas mais prementes da cidadania. Mas infelizmente o que se vê são cada vez mais vereadores, que ao conquistar seu mandato, concedido pelo povo, se revestem de importância pessoal maior do que a importância do seu próprio cargo – este que só tem razão de ser se for exercido como deve: o mais imediato representante e guardião dos interesses do povo, em sua coletividade, dando a atenção pessoal, porém buscando resolver tal demanda com propostas de ações no âmbito coletivo.
O municipalismo é a base de toda democracia, pois só no âmbito municipal se pode ver a qualidade do poder público de fato e de direito, onde as mazelas ou os destaques positivos da qualidade de vida do cidadão se revelam. E o mandato de vereador é, em sua essência o mais nobre, entre todas as funções políticas, pois o edil é um ouvidor pela sua própria razão de existir e um defensor pelas características de representante que lhe são outorgadas.
Basta isso para que se entenda de uma vez por todas: não elegeremos em Parauapebas quinze ‘reizinhos’, para um ‘palácio’ onde cada um usufruirá das regalias que o povo, com seu suor e seus tributos, lhes conferirá. Nada disso!
Você, cidadão comum, elegerá seu representante para criar leis, sejam elas baseadas ou nascidas de projetos de pesquisa, em estudos científicos, da mobilização popular, das propostas do Executivo, ou da própria atuação e observação do vereador como cidadão consciente dos problemas sociais, capaz de propor alternativas e buscar soluções junto ao executivo, visando o bem estar do povo.
Você elegerá seu representante, para fiscalizar as ações do Executivo, afim de preservar o bom uso dos recursos financeiros e cobrar a boa administração dos ativos e bens públicos, geridos pelo prefeito e seus secretários.
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