Vereadores cobiçam as principais secretarias
Entre 2012 e 2016, Parauapebas vivenciou um desastre na administração dos recursos públicos, o então prefeito, Valmir da Integral, para escapar de sofrer impeachment, loteou as principais secretarias do seu governo com os vereadores.
Na Câmara de Vereadores tinha até mensalão (aqui), registrado em vídeo e a cores.
Além da compra direta, em dinheiro, teve parlamentar que vendeu o seu apoio em troca da nomeação de filho, irmã, esposa ou amigo para ocupar as principais secretarias.
A situação levou o Promotor de Justiça Hélio Rubens, na diplomação do prefeito e vereadores eleitos em 2016, a pedir que estes cumprissem seu papel de fiscal do Poder Executivo, se abstendo de interferências na composição da equipe do prefeito eleito:
“Os vereadores têm um papel muito parecido com o do MP, que é fiscalizar. Por isso, não devem indicar seus parentes como, por exemplo, filho, para ser secretário. Como um pai vai fiscalizar o próprio filho? Quem é o chefe do Executivo é o prefeito, que deve montar sua equipe sem sofrer interferências do Legislativo” (Hélio Rubens - Promotor de Justiça - leia aqui)
O alerta do membro do MP foi aceito, mas apenas em parte pelo prefeito Darci Lermen, considerando que somente um vereador foi nomeado secretário, Coutinho, ocupou a pasta da Saúde por um certo período.
Agora, o prefeito é o mesmo, Darci Lermen foi reeleito e com uma votação muito expressiva, mas nem isso é o suficiente para livrá-lo das pressões dos vereadores eleitos por secretarias poderosas.
Os principais alvos da cobiça dos vereadores são: OBRAS, SAÚDE, EDUCAÇÃO, URBANISMO, PRODUÇÃO RURAL.
Dessa vez, alguns vereadores querem ocupar pessoalmente as secretarias, agora é em 'nome próprio'.
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