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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A QUEM INTERESSA COMEMORAR A MEDIDA CAUTELAR DO TCM/PARÁ?

A profissão docente é marcada historicamente pela exploração e dominação das profissões que se acham superiores em relação aos profissionais da educação, que recebem muito abaixo de qualquer outro profissional de nível superior, motivo pelo qual nossa profissão está cada vez mais precarizada.

O Brasil levou mais de 500 anos para que os professores tivessem direito a um fundo próprio e ao piso salarial nacional, mesmo assim, há aqueles governantes medíocres e corruptos que dizem que os professores são privilegiados e cheios de regalias.

Esses mesmos governantes esquecem que é da qualidade intelectual e humana de cada professor que dependem milhares de crianças, adolescentes e adultos, todos os dias, em muitas escolas as vezes improvisadas em locais desconfortáveis e insalubres.

Mas como todo tempo de crise também é tempo de oportunidade, ou pelo menos era esse o discurso do governo Darci; os professores de Parauapebas lutaram através de seu sindicato, pelo rateio de 60% de uma precatória do FUNDEF, atual FUNDEB e hoje foram surpreendidos por uma medida cautelar do Tribunal de Contas dos Municípios, pedindo ao governo municipal cautela no pagamento de abono para nós professores.

Segundo a conselheira Maria Lúcia Barbalho da Cruz, "se a prefeitura ratear qualquer parte desse precatório em forma de abono com os professores, configurará o iminente risco de enriquecimento sem causa para os professores", demonstrando total falta de conhecimento da causa docente.

Essa relatora que por sinal é da família dos "barbalhões" pode até não valorizar a nossa profissão, apesar de ter passado pela orientação de vários professores em sua vida acadêmica, porém é dever de cada professor se auto- valorizar e somar na luta por melhores condições de trabalho e valorização profissional.

Lamentavelmente, muitos colegas da mesma profissão, ainda não tomaram consciência que a sua opinião pesa na luta de classes, masmo assim preferem pesar no lado da balança do patrão, contrariando os seus próprios direitos e interesse de classe.

Esses pessimistas de plantões, tomados pelo o egoísmo e pela falta de amor, estão o tempo todo tentando apodrecer a esperança daqueles que ainda ousam lutar contra a precarização da nossa profissão e contra o desmonte da escola pública.

Nenhum grande projeto, nenhum grande sonho, tem possibilidades de vitória se não existir um processo de luta permanente e coletiva.

Portanto, a quem interessa comemorar essa medida cautelar do TCM/PA? Aos inimigos e lacaios da categoria que preferem continuar presos no casulo ao invés de sair e contribuir para a chegada da primavera.

É exatamente isso o que está acontecendo com as pessoas que fazem oposição ao SINTEPP. Torcem pela derrota da categoria a qual faz parte por puro egoísmo e ignorância.

Mas na sociedade há duas classes de pessoas, as que lutam e as que se acovardam. As que vão embora e as que ficam para concluir a batalha. Será essa a missão de quem ficar. Lutar lado a lado conosco na certeza da vitória, pois sabe que a causa é justa e necessária, e quem não sabe aonde quer chegar, se perderá sozinho no meio do caminho.

Ousar lutar! Ousar vencer!

Professor Raimundo Moura

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