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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Prefeito de São Félix do Xingu/PA ficou preso por 31 dias, pode ser afastado do cargo por divulgar fakenews


É Fazendeiro e prefeito, mas tem ficha criminal de membro do PCC

João Cléber (MDB), prefeito de São Felix do Xingu/PA, tem uma extensa ficha criminal, só comparável a de membros do PCC.

Em 2016, no vizinho Tocantins, ele foi detido por participação num esquema que desviou cerca de R$ 200 milhões dos cofres púbicos. Em 2018, na sua primeira passagem pela prefeitura de São Félix do Xingu/PA, ele foi preso na Operação Tetrarca, ficando 31 dias no 'xilindró' (leia aqui).

Espalha fakenews

Agora, João Cléber é alvo do  Ministério Público Federal (MPF), o órgão pediu o seu afastamento do cargo de prefeito por espalhar fakenews (aqui) pra sabotar a operação de desocupação da Terra Indígena (TI) Apyterewa, ordenada judicialmente pelo STF.

No Pará, o crime organizado controla os sindicatos de fazendeiros

Segundo o MPF, o relatório “Boi Pirata: a pecuária ilegal na Terra Indígena Apyterewa" (AQUI)”, mostra dados da cadeia de produção e comercialização de gados criados ou engordados ilegalmente nas TI (Terras Indígenas) no Pará.

Lavagem: passam o gado de uma fazenda pra outra (fora da TI) 

O crime organizado movimentou entre 2012 e 2022 um total de 48.837 bovinos em 414 imóveis rurais, sendo que 47.265 foram destinados a fazendas que estão fora da terra indígena. Desses, 678 seguiram diretamente para o abate. O lucro com a atividade ilegal é estimado pelo MPF em R$ 130,9 milhões.


Deputados delegados do PL, o braço político do crime organizado no Pará

O braço político do crime organizado no Pará tem delegados que são deputados federais e estadual, todos do PL, eles respaldam e usam a imunidade parlamentar pra sustentar e dar voz aos criminosos.

Chegou a Lei

O MPF identificou a comercialização ilegal de 50 mil cabeças de gado oriundas de Terra Indígena do PA, movendo 48 ações contra responsáveis por essa atividade criminosa, são 31 ações criminais e 17 ações civis públicas.

O MPF pede R$ 76,7 milhões a título de ressarcimento dos ganhos financeiros obtidos com a comercialização do rebanho irregular e de indenizações por danos morais coletivos, o dinheiro é para recuperar danos ambientais e proteger a Terra Indígena Apyterewa.

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