A
violência sexual infantil é um problema de saúde pública devido à alta
incidência. Dentre os tipos de violência sexual infantil, além da exploração
sexual infantil que envolve a mercantilização das vítimas, o abuso sexual é uma
das situações que levam aos sérios prejuízos para o desenvolvimento cognitivo,
afetivo e social das vítimas e de sua família. A dinâmica deste tipo de
violência é complexa, pois envolve aspectos psicológicos, sociais e legais.
Muitos são os resultados que apontam que o desemprego, abuso de álcool e
drogas, dificuldades econômicas e presença de outras formas de violência
constituem os principais fatores de risco associados ao abuso sexual infantil.
Fique ATENTO
Esta forma de violência
pode ser definida como qualquer contato ou interação entre uma criança ou
adolescente e alguém em estágio psicossexual mais avançado do desenvolvimento,
na qual a criança ou adolescente estiver sendo usado para estimulação sexual do
perpetrador. A interação sexual pode incluir toques, carícias, sexo oral ou
relações com penetração (digital, genital ou anal). O abuso sexual também
inclui situações nas quais não há contato físico, tais como voyerismo,
assédio e exibicionismo.
TIPO DE VIOLÊNCIA SEXUAL
De
forma frequente o abuso sexual ocorre de forma intrafamiliar, ou seja, onde o
abusador na maioria dos casos faz parte do seio da família e é alguém que do
convívio no ambiente doméstico da criança e que possui relação de confiança e
cuidado com esta, porém, o abuso sexual também pode
ocorrer em diferentes categorias. Fora do ambiente familiar, essa violência
sexual também pode ocorrer em situações nas quais crianças e adolescentes são
envolvidos em pornografia e outras formas de abuso e de exploração sexual, por
isso devemos tomar cuidado quanto às formas de envolvimento de nossas crianças
com as redes sociais como facebook e whatsapp.
OBSERVE OS COMPORTAMENTOS
A familiaridade entre
a criança e o abusador envolve fortes laços afetivos, colaborando para que os
abusos sexuais incestuosos possuam maior impacto cognitivo comportamental para
a criança e sua família. Então, qualquer mudança física, comportamental e
emocional da criança e do adolescente pode significar que ela esteja sofrendo
algum tipo de violência, inclusive a sexual, porém, a presença isolada destes
indicadores pode não ser suficiente para a interpretação de abuso sexual, mas
já são sinais de alerta.
QUANTIFICAÇÃO DOS CASOS
Foram colhidas
informações fornecidas pela própria equipe do CREAS – Centro de Referência Especializada
de Assistência Social para que nos permita compreender como estão sendo
descritos os casos e suas dinâmicas nesta forma de violência e os fatores de proteção
e de risco envolvidos no contexto familiar. Conforme os dados quantitativos, no
ano de 2015 em Parauapebas, foram 46 o número de casos de violência sexual
praticada contra menores, sendo que 25 foram contra adolescentes. Sendo que a
maior parte dos casos novos de violações contra crianças e adolescentes acompanhados
no ano passado pelo CREAS, a violência por abuso sexual compreende uma fatia de
quase 30% dos acompanhamentos, a maior do bolo. No ano de 2016, até o momento,
18 casos de violência sexual contra menores já foram notificados, o que ainda
assim não superou o quantitativo das notificações do ano de 2015.
Tais
resultados podem subsidiar ações preventivas e terapêuticas para situações de
violência sexual contra crianças e adolescentes.
Ressaltamos ainda que
dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate
ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças
e Adolescentes, e como em mais um ano, Parauapebas não está de fora na luta
por esta causa e proteção.
Proteja nossas crianças e adolescentes, DENUNCIE:
Conselho Tutelar I -
3356-250; Conselho Tutelar II – 98807-7740; Delegacia de Parauapebas-336-6; Disque
Denúncia - 336-2250 e Disque 100 (Direitos Humanos).
#EuApoio
Rita Maia
Fonoaudióloga
Idealizadora e Presidente do Grupo ALMA
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