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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Eleição de Daniel Munduruku testa os critérios literários da Academia Brasileira de Letras


A ABL prefere homens, brancos, ricos e aceito pelas altas esferas sociais

A Academia Brasileira de Letras (ABL) passará hoje por um grande teste, na escolha de mais um 'imortal', a instituição que tem cadeira cativa para a Globo de Roberto Marinho, caso do 'pseudo jornalista' Merval Pereira e da talentosa atriz Fernanda Montenegro, para ficar apenas em quem ainda está entre nós, ao mesmo tempo rejeitou vergonhosamente, por 3 vezes,  o poeta Mário Quintana.

A Agência Amazônia Real questiona, em artigo de autoria do escritor paraibano Jotabê Medeiros, se a ABL abandonará a forma que tem agido nas eleições dos seus membros quase sempre sem 'critérios bem definidos de mérito literário ou pertinência social' ou continuará na sua notória preferência por escritores que tem um 'perfil histórico mais aceito na Academia: homens brancos, ricos, de livre trânsito em altas esferas sociais e com restrito alcance literário.'
'Daniel Munduruku começou a publicar livros há 33 anos, e já tem 56 obras editadas – o que dá uma média espantosa de quase dois livros por ano. Ao todo, calcula que seus livros já venderam cerca de 5 milhões de cópias, o que o coloca num exclusivíssimo círculo de autores brasileiros que não comporta atualmente mais do que 10 “associados”. E é um clube espremido por um perverso funil de mercado e um lilliputiano universo de leitores. Seu primeiro livro foi Histórias de Índio (Companhia das Letrinhas, 1997), que já tem mais de 25 edições e aproximadamente 100 mil cópias vendidas.' (Jotabê Mederos - leia aqui na Agência Amazônia Real)

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