A União Européia proíbe o consumo dos agrotóxicos em seu território, mas permite que suas empresa fabriquem e exportem para o Brasil e para outros países do terceiro mundo
A pesquisa da Dra. Larissa Bombardi - "UMA GEOGRAFIA DO USO DE AGROTOXINAS NO BRASIL E SUAS RELAÇÕES COM A UNIÃO EUROPEIA - foi apresentado no Parlamento Europeu, mostra a contradição dos países que proíbem o consumo de agrotóxicos nos seus territórios, mas permitem a sua produção e sua venda, garantindo vultosos recursos para as suas indústrias químicas.
"O trabalho de Larissa não é, portanto, apenas uma preocupação brasileira. Assim como a história e o comércio transatlântico do Brasil não podem ser desassociados da industrialização européia e dos primeiros dias do império, seu papel maciço no comércio internacional de alimentos e agroenergia significa que as questões morais, éticas e políticas levantadas por sua pesquisa são uma preocupação global. A infiltração do laboratório para a colheita, do campo para a fábrica e de volta às placas de nossas famílias torna as evidências mais difíceis de ignorar. Ainda não se sabe até que ponto os tomadores de decisão tentam fazer isso, mas o Atlas de Agrotóxicos significa que a desculpa de que 'não sabíamos' entra em colapso sob o peso deste livro.
Herbicidas são projetados para atacar os organismos vizinhos até que haja apenas uma planta preferida em pé. Uma lógica herdada de seus fabricantes e que é consistente com capitalismo. Ataque os concorrentes, destrua os dissidentes até que prevaleçam essa palavras fascistas - não há alternativa - " (...)
Brian Garvey - Department of Work, Employment & Organisation University of Strathclyde Glasgow
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