A Estratégia do Prefeito
Por Léo Mendes
A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter.
Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia.
(Norman Schwarzkopf)
O general filósofo chinês SunTzu, em sua “Arte da Guerra”, no século V a.C., defendia, como um dos princípios fundamentais de combate (e as disputas político-eleitorais, de certa forma, são uma “guerra” – muitas vezes, inclusive, culminando em violência) que “a estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota”.
Destaque essa reflexão porque não tenho conhecimento se o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen (MDB), lê ou orienta suas decisões, táticas e estratégias políticas com base na filosofia militar da Antiga China. Não saberia dizer nem mesmo se suas opções seguem alguma racionalidade previamente elaborada ou se resultam de sua acuidade política, reconhecida até pelos seus adversários.
Mas, ainda que instintivamente, há em suas escolhas político-eleitorais um evidente exercício de “princípios suntzunianos” tanto do ponto de vista tático, de uma ação imediata para o atingimento de um fim específico, quanto estratégico, no sentido de “conjunto de táticas e ações”, para a obtenção de resultados de médio e longo prazos.
Pois é! Nesse sentido, tomando-se por referência a disputa eleitoral em andamento e o elevado desgaste de sua administração, devidamente apontado e sentido pela imprensa e pelos agentes políticos de nossa cidade, podemos perceber o acerto da tática-estratégia política de Darci Lermen na escolha de sua candidatura a deputado estadual e na inusitada operação traçada pelo seu partido na aliança que lhe dá sustentação.
Alguns, talvez por ceticismo ou teimosia, insistem em negá-lo! Mas, o prefeito de Parauapebas, sob qualquer ponto de vista que se tenha, com um mínimo de sensatez, conseguiu, a um só tempo, escolher um candidato com grande potencial, o ex-prefeito de Curionópolis, Chamonzinho (MDB), e praticamente destroçar seus mais prováveis opositores.
Estes, como todos sabem, estão (até quando?) aglutinados um torno do ex-prefeito Valmir da Integral (PSD), também candidato a deputado estadual na mesma aliança do MDB, cuja principal liderança em Parauapebas e região é o próprio Darci Lermen; fato que, na prática, os transforma em base eleitoral da candidatura emedebista.
Sob qualquer análise que se faça, mesmo em se considerando o já apontado desgaste por que passa a administração e a imagem do alcaide, são muito grandes as possibilidades de vitória do MDB, tanto nas eleições proporcionais como nas majoritárias, neste caso com Hélder Barbalho, como atestam as mais diversas pesquisas, especialmente em nossa região.
E, por mais que alguns tentem negá-lo, isso fortalecerá politicamente o prefeito Darci Lermen, esta situação exigirá que seus reais, pretensos ou fictícios oposicionistas se rearticulem e reformulem suas estratégias e táticas, do contrário, estarão outra vez, no caso, nas eleições municipais de 2020, fadados a mais uma derrota.
Recorrendo a Sun Tzu, se permitirem: "Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue discernir a estratégia que gerou as vitórias".
Finalizando, os reais, pretensos ou fictícios oposicionistas ao governo atual de Parauapebas não se mostraram à altura de ver as táticas (êxitos) de Darci, muito menos de discernir a estratégia que gerou suas vitórias.
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