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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Impostor é preso na sede do Ministério Público do Pará, impostores de Parauapebas estão soltos

Outros impostores, travestidos de vereadores de Parauapebas, também tiveram com o Procurador de Justiça, fazendo denúncias sobre a administração municipal de Parauapebas, mas esses impostores, hoje, fazem parte da administração que denunciavam, eles não foram presos, ainda, mas deviam, em nada diferem do presidente da Juventude Estadual do PTdoB.

Quem são os impostores de Parauapebas? Eles acreditam que serão candidatos a reeleição em 2016, que não serão cobrados por serem apenas isso - IMPOSTORES?


Impostor teve a ousadia de ir ao MP



Vejam como a audácia dos criminosos não tem limites: o procurador de Justiça Nelson Pereira Medrado, famoso por sua atuação moralizadora, estava na sua sala, em pleno Núcleo de Combate à Improbidade e à Corrupção do Ministério Público do Estado, quando Lúcio de Assunção Oliveira, acusado de extorquir pessoas utilizando o nome do próprio Medrado e do promotor de Justiça Hélio Rubens Pinho Pereira, apareceu por lá - vejam só - para cumprimentar o procurador pelo seu excelente trabalho. Ele se dizia amigo dos membros do MP e prometia facilidades aos investigados na Operação Filisteu e já tinha sido expedido mandado de prisão preventiva pela Vara Criminal de Parauapebas. Não deu outra. Medrado deu voz de prisão ao descarado na hora!





“O Lúcio Oliveira já vinha sendo investigado pelo NCIC e pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Para minha surpresa apareceu aqui hoje dizendo ser assessor do vice-governador e do deputado José Megale e que veio me parabenizar pelo trabalho que tenho realizado à frente do Ministério Público e da Operação Filisteu. Eu o reconheci da foto que consta do mandado de prisão. Com ele foram encontrados R$30 mil em espécie, provavelmente provenientes de alguma extorsão ou outro negócio ilegal”, relatou Medrado, espantado com tanta desfaçatez. 

“Durante a Operação Filisteu o empresário Edmar Cavalcante, operador do esquema de corrupção, foi preso. Depois da prisão dele o Lúcio Oliveira, juntamente com outros dois comparsas, começou a cobrar dinheiro da família dele em nome do Medrado e em meu nome. Conseguimos identificar os outros dois e eles foram presos, ainda por ocasião da Operação Filisteu. Só faltava prender o Lúcio e, por incrível que pareça, veio até o Núcleo de Improbidade parabenizar o Medrado pelo trabalho que vem desenvolvendo”, contou o promotor Hélio Rubens. 

Ao examinarem o celular que Lúcio Oliveira portava os representantes do Parquet encontraram várias conversas nas quais ele simula ser uma série de outras autoridades. Em uma delas ele aparece extorquindo o prefeito de Muaná. E o prefeito de Mocajuba já havia denunciado ao MPE tentativa de extorsão. O atrevido, depois de ser ouvido em depoimento, será encaminhado à Susipe para uma temporada no xadrez. 

A maior coincidência foi que hoje mesmo o promotor de justiça Mílton Menezes, que é coordenador do Gaeco, fez uma série de diligências e iria prender o impostor amanhã. 

Como vocês sabem, a operação Filisteu desmontou esquema de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de terrenos desapropriados pela prefeitura de Parauapebas; emissão de notas fiscais frias e desvio de recursos públicos entre membros da Câmara Municipal e o comércio na região. Foram presos o vereador Odilon Rocha de Sansão e o empresário Edmar Cavalcante, conhecido como “Boi de Ouro”, acusado de emitir e vender notas fiscais frias. 

As fotos são do jornalista Edyr Falcão, assessor de imprensa do MPE-PA.

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