O advogado Jakson Souza e Silva foi assassinado com tiro de escopeta, na noite da última sexta-feira na Redenção, zona Centro-Oeste.
Segundo informações da polícia, dois homens em moto se aproximaram e efetuaram o disparo fatal. Os assassinos fugiram em seguida sem levar nada da vítima.
O advogado pertence a seccional da Ordem dos Advogados de Belém do Pará e segundo apurou as autoridades, vinha sofrendo ameaças de morte. Jakson estava em Manaus a trabalho e o crime está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
O prefeito de Parauabepas, Walmir da Integral (PSD), pode se tornar um dos suspeitos de envolvimento no crime, uma vez que o advogado movia diversas ações contra a administração do prefeito, inclusive de bloqueio de verbas da prefeitura, licitações fraudulentas e improbidade administrativa.
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| Jakson foi morto com um tiro no tórax.Foto: Thiago Monteiro/Reprodução |
Manaus - A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga a morte do presidente da Seccional de Parauapebas da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA). Jakson de Souza Silva, 45, morto com um tiro, na noite do último sábado (24), na Rua 15 de outubro, Alvorada, zona centro-oeste de Manaus.
Segundo relatório da delegacia, dois homens, ainda não identificados, em uma motocicleta, utilizaram uma arma de fabricação caseira para matar o advogado.
Ainda conforme o relatório, a vítima estava próximo a um mercadinho, quando os suspeitos se aproximaram da vítima e um deles efetuou o disparo, que atingiu o tórax de Jakson.
Um morador do bairro, Julio Brito, 36, que chegou a ouvir os disparos, disse à equipe de reportagem que uma mulher socorreu a vítima. Jakson foi levado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do bairro Alvorada, mas não resistiu ao ferimento e faleceu na unidade hospitalar.
“Achamos que ele reagiu a um assalto. Aqui a área onde moramos está muito perigosa, mas os dois homens que estavam na moto não levaram nada dele”, disse Brito.
De acordo com um amigo da vítima, o autônomo Gilberto Campos, 42, o advogado sempre vinha para Manaus e ficava na casa de um amigo no conjunto Ajuricaba. “Sabemos que o dono da casa estava viajando. O porquê disso também estamos tentando entender. Meu cunhado meu ligou na madrugada de hoje (domingo) avisando sobre o ocorrido”, revelou Campos.
O delegado geral da Polícia Civil, Orlando Amaral informou à reportagem que policiais da DEHS, Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações e Delegacia Especializada em Prevenção e Repressão à Entorpecentes (Depre) já estão trabalhando no caso. “Estamos colhendo informações, ouvindo testemunhas e buscando imagens de câmeras de vigilância para chegar aos suspeitos”, disse.
Segundo Amaral, 12 policiais civis já estão investigando esse assassinato. “Até o momento descartamos o latrocínio (roubo seguido de morte), já que não levaram nenhum pertence do advogado”, revelou o delegado geral.
Denúncia
Jakson era natural de Santana do Araguaia (PA) e tinha quatro filhos. No último dia 21 de janeiro de 2014, a vítima declarou ao jornal Diário do Pará que sofria constantes ameaças de morte. Ele temia ser assassinado pelos supostos autores da morte do advogado Dacio Antonio Cunha, em novembro de 2013, e do atentado a tiros contra o jornalista e blogueiro Wandernilson Santos, o “Popó”.
Segundo a publicação, Jakson afirmou que seu nome estava em uma lista de pessoas marcadas para morrer no município de Parauapebas.
Familiares não quiseram comentar sobre o caso. Jarbas Vasconcelos, presidente da OAB-PA afirmou que está vindo para Manaus e que já entrou em contato com a OAB Amazonas e autoridades para tomar providências sobre o assassinato. "Ele recebia ameaças por denunciar contratos viciados da prefeitura local", afirmou Vasconcelos. "Acredito que pistoleiros executaram o Jackson".
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura de Parauapebas sobre o caso, mas não obteve sucesso. A Prefeitura de Parauapebas divulgou uma neste domingo, para expressar o pesar pelo inesperado e violento falecimento do advogado.
Leia a repercurssão em Manaus www.new.d24am.com
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