Com a mineradora VALE, os municípios tem indicadores que vão de RUIM para MUITO RUIM, diz o Observatório das Metrópoles - IPPUR/UFRJ
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR)
O IPPUR/UFRJ, através do Observatório das Metrópoles (UFRJ), divulgou o mais amplo estudo sobre as condições a que estão submetidas as populações das cidades brasileiras, o Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios
Brasileiros (IBEU-Municipal), analisando as seguintes condições: Mobilidade Urbana,
Condições Ambientais Urbanas, Condições Habitacionais Urbanas, Atendimento
de Serviços Coletivos Urbanos e Infraestrutura Urbana.
IBEU-Municipal
Os pesquisadores desenvolveram o Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros (IBEU-Municipal) com o propósito de oferecer mais um instrumento para avaliação e formulação de políticas públicas.
Entre os 100 piores, 41 estão no Pará
Entre os 100 piores municípios referente às condições de bem-estar
urbano, 41 deles localizam-se no Estado do Pará; 32 estão no Estado do
Maranhão; 10 fazem parte do Estado do Amazonas.
Na área explorada pela VALE
No Brasil há 1.068 municípios com condições ruins de bem-estar urbano, correspondente a 19,2% do total de 5.565.
No Pará, todos os municípios da área de influência econômica da mineradora VALE apresentam índices ruins, mostrando a falta de compromisso dessa empresa com a realidade das cidades onde atua.
Parauapebas, Marabá, Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Canaã dos Carajás
Dentro do território do Projeto Ferro Carajás os números são horríveis, mostrando o descaso que a mineradora Vale tem com os moradores dessa região.
Impressiona o índice que mede a condição de infraestrutura urbana, todos os municípios "dentro da área da mineradora VALE" apresentam números classificados como "MUITO RUIM", ou seja, o indicador é inferior a 0,5.
Entre os 5.565 municípios avaliados
O IBEU de cada município é relativo aos valores encontrados para o conjunto dos municípios brasileiros, que varia de zero a 1 - quanto mais próximo de 1 melhores são as condições urbanas, quanto mais próximo de zero piores são as condições urbanas.
A dimensão de mobilidade urbana foi concebida a partir do indicador
de deslocamento casa-trabalho.
A dimensão de condições ambientais urbanas foi concebida a partir de
três indicadores: arborização do entorno dos domicílios, esgoto a céu aberto no
entorno dos domicílios e lixo acumulado no entorno dos domicílios
A dimensão de condições habitacionais urbanas foi compreendida
por cinco indicadores: aglomerado subnormal, densidade domiciliar, densidade
morador/banheiro, material das paredes dos domicílios e espécie do domicílio.
A dimensão de atendimento de serviços coletivos urbanos foi concebida
a partir de quatro indicadores: atendimento adequado de água, atendimento
adequado de esgoto, atendimento adequado de energia e coleta adequada de
lixo.
A dimensão de infraestrutura urbana foi compreendida por sete
indicadores: Iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro
ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros.
Sobre os pesquisadores
O Observatório das Metrópoles é um grupo que funciona como um instituto virtual, reúne cerca de 159 pesquisadores (dos quais 97 principais) e 59 instituições dos campos universitário (programas de pós-graduação), governamental (fundações estaduais e prefeitura) e não-governamental, sob a coordenação geral do IPPUR - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Água, esgoto, coleta de lixo e energia puxa o índice pra baixo
O Observatório das Metrópoles divulgou o IBEU-Municipal 2016, o índice mostra que entre os maiores desafios do Brasil estão a infraestrutura e os serviços coletivos. Ao avaliar o atendimento adequado de água e esgoto, coleta de lixo e atendimento de energia, mais de 50% dos municípios estão em condições ruins nesses serviços.
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