Por Raimundo Moura
Caros colegas, profissionais da educação pública de Parauapebas. É lamentável como o Sistema Municipal de Educação está tratando as escolas e os professores nesses últimos 10 anos de educação. Verdadeiros balconistas!
Meros cumpridores de tarefas e as escolas que deveriam ser laboratórios de conhecimentos, estão se transformando em pacotes uniformizados onde não há espaço para a autonomia docente.
Através de programas e treinamentos, pacotes comprados e incorporados de fora, os professores vem se sentido sufocados por uma visão burocrática e tecnicista de educação.
A grande verdade é que a escola básica no Brasil não tem autonomia para produzir um planejamento independente, compartilhado com o Projeto Político Pedagógico da escola, e com metas negociadas com os sujeitos que fazem acontecer o processo educacional no chão da escola.
Os sistemas educacionais precisam compreender que as realidades socioeconômicas, estruturais e educacionais variam muito de estado para estado, de município para município e de escola para escola.
A educação escolar é um bem público de absoluto interesse coletivo, por isso o trabalho de formação não pode ser uniforme. Sendo assim, é importante a avaliação, desde que não fique restrita ao aluno e professor, mas, sobretudo, que avaliamos também as ações do sistema e das políticas eleitas e executadas, muitas vezes sem o compartilhamento com o professor que é quem está na construção do processo educativo.
Enquanto o sistema compartilhar as suas ações visando atender os interesses particulares de seus políticos de plantão, a educação perderá cada vez mais o seu sentido social e político.
Chega de rotinas uniformes! O momento é de construção de uma nova agenda do trabalho pedagógico onde o professor tenha autonomia para decidir o que é melhor no momento exato para o seu aluno.
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