Procurador reconduzido ao cargo por Simão Jatene (PSDB)
No apagar das luzes de 2018, com aliado já derrotado por Helder Barbalho, o ex-governador Simão Jatene reconduziu o procurador Gilberto Martins para um novo mandato na chefia do Ministério Público do Pará (leia aqui), talvez em retribuição ao fato de nunca ter sido seriamente incomodado, apesar de uma dezena de escândalos ocorridos nos seus mandatos. A escolha foi antecipada por lei proposta pelo próprio Gilberto Martins (leia aqui), o que diz muito sobre sua conduta e intenções.
Gilberto Martins, a pedido de Simão Jatene, afastou o procurador Nelson Medrado do órgão que investigava Beto Jatene, filho do ex-governador do Pará (leia aqui).
Procurador é acusado e tenta desviar o foco
Gilberto Martins é alvo de várias acusações, o procurador-geral do Ministério Público do Pará (MPPA) arranjou um jeito de desviar o foco das graves denúncias sobre a sua conduta como dirigente máximo do MPPA, o rapaz é réu em uma Ação Popular, na 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas, em Belém/PA, por suspeita de favorecimento financeiro a membros do MPPA (leia aqui), também é acusado de contratar assessores em período proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Uso político do cargo
Ontem (31), Gilberto Martins usou seus últimos dias no cargo para atacar o governador do Pará, com uma denúncia que já caiu em descrédito.
Acusam Helder Barbalho, o procurador geral e promotores do seu grupo no MPPA, mas poupam Celso Amorim, secretário de saúde da gestão do PSDB, na prefeitura de Belém, o rapaz é cunhado de Gilberto Martins, realizou compra superfaturada de azitromicina.
O cunhado de Gilberto Martins, além de causar dano ao erário de Belém, comprou remédio ineficaz e que pode causar morte de pacientes da Covid-19, o caso comprova que Gilberto Martins age seletivamente, de acordo com interesses políticos partidários. Acusa uns e protege outros.
Sem comprovação, política rasteira
Contra Helder não tem qualquer comprovação de prejuízo ao erário, o que se tem é uma denúncia política, fruto de uma ação da Polícia Federal, órgão que está sob intervenção da família Bolsonaro, uma 'polícia política' a cada dia mais desmoralizada.
Qualquer ação de uma Polícia Federal, que é usada politicamente por Bolsonaro, apenas por isso já merece um milhão de reparos (leia aqui).
Desmoraliza o próprio MPPA
O procurador Gilberto Martins deixará o cargo no próximo 12 de abril, talvez o principal motivo da apresentação da denúncia na data de ontem (31).
"A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta", definitivamente não é o caso do chefe do Ministério Público do Pará, às vésperas de deixar o cargo, Gilberto Martins, sem o menor pudor, usa de suas atribuições para fazer política rasteira, sua conduta desqualifica todo o Ministério Público do Pará.
Não é a primeira vez, o próprio Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) acusa Gilberto Martins de conduzir investigações ilegais contra uma desembargadora da Corte.
A esposa de Gilberto Martins é acusada de receber 'salários' da prefeitura de Belém quando se encontrava bem distante, além mar, lá em Portugal, 'Ana Rosa, a esposa de Gilberto, teria sido funcionária fantasma da Câmara Municipal de Belém, recebendo salários apesar de morar com o marido em Portugal (leia aqui).
Lamentável!
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