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terça-feira, 13 de novembro de 2018

Sérgio Moro 2022 - Por Marco Atílio



Uma coisa não se pode negar: Sérgio Moro é o cara de pau mais corajoso do Brasil. Em entrevista concedida ontem ao programa do Fantástico da Rede Globo, reconhece serenamente que foi procurado entes mesmo do fim das eleições para compor o futuro governo do então candidato Bolsonaro. A data é um mero detalhe. 

Disse que nunca ouviu qualquer discurso de ataque a minorias proferidas por Bolsonaro e que gays, negros e mulheres não correm risco algum. Então tá! Já me sinto mais seguro. 

Outra coisa que não se pode negar: Sérgio Moro vem tendo sucesso em sua estratégia de poder, pelo menos até o presente momento. Seus movimentos no tabuleiro foram decisivos para que Bolsonaro fosse eleito presidente. Nada mais justo que se tornasse uma figura proeminente no futuro governo que ele dedicadamente ajudou a eleger. 

Mas existem certos problemas que sua visão ofuscada pelos holofotes não consegue ver. Sua embriaguez pelo poder não lhe permite perceber erros toscos que vem cometendo nesses poucos dias desde que foi anunciado futuro superministro. 

É visível que a grande imprensa o trata como a pessoa mais importante do governo Bolsonaro, mais que o próprio Bolsonaro. Também é visível como ele sente prazer orgástico em ser visto como tal. A julgar pela sua fala fina e trêmula, apostaria em duas ou três ejaculações ao longo da entrevista à apresentadora do Fantástico, Poliana Abritta. 

No best seller "As 48 Leis do Poder", Robert Greene faz um alerta: não ofusque o brilho do mestre. É simplesmente a primeira das 48 leis. Citando Baltasar Gracián, Robert Greene nos ensina: “toda superioridade é odiosa, mas a superioridade de um súdito com relação ao seu príncipe não só é estúpida como fatal.” 

Bom, é evidente que Bolsonaro sofre de idiotia aguda, mas também não se pode negar que os 28 anos de congresso e sucessivas eleições lhe forjaram um forte instinto de sobrevivência política. Bolsonaro ainda não sabe, mas chegará o dia em que terá que cortar a cabeça de Sérgio Moro, não por ser habilidoso – porque definitivamente não é –, mas por puro instinto. 

Sérgio Moro não pode evitar de ser quem é: um narcisista extremado. Bolsonaro também não pode evitar seus instintos de sobrevivência. O futuro dessa relação está traçado e não é preciso ser mãe Diná para prever o desfecho dessa história. 

Eu, na condição de “fã” de Sérgio Moro, humildemente desejo que sofra e que sangre lentamente até a morte. Obviamente que me refiro à sua vida política, e não à biológica.

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