Ocupação e acordo
Hoje (6/5), o Rio Grande do Sul está sob a lama trazida pela crise climática, os gaúchos ainda não dimensionaram o tamanho da tragédia, a mídia corporativa (Globo, Folha, Estadão, Band, Record...) e os seus financiadores do agronegócio querem esconder os responsáveis pelo desastre ambiental gaúcho.
Hoje, também, aqui em Parauapebas/PA, a concentração de terras nas mãos de poucas pessoas motivou uma Audiência Judicial entre o Incra e os Benevides da Opção, onde a autarquia da reforma agrária apresentaria uma proposta de indenização por uma área ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, a propriedade seria para a fundação de uma vila de residências para os acampados.
Inicialmente, as informações seriam que o acordo INCRA x Benevides já estaria bem adiantado, restando apenas a homologação, mas a classe rural fez pressão, isso associado a interesses políticos locais poderiam influenciar o casal de proprietários a recusar a proposta.
Dito e feito
Na audiência de conciliação não ouve acordo, os proprietários sob pressão dos latifundiários da região foram intransigentes.
Mesmo assim, o Incra manteve a proposta de indenização pela área ocupada, caberá à Justiça decidir a ação de reintegração de posse, o Juiz sentenciar o caso em até cinco dias, após parecer do Ministério Público.
Vídeo Incra
Deveriam saber, o RS ensina - não temos opção
Parauapebas é uma cidade cuja área rural predomina assentamentos da reforma agrária, ficou demonstrado a necessidade da área para a construção de uma vila residencial para abrigar milhares de acampados.
Todos deveriam saber que a pecuária na Amazônia é inviável, a conta ambiental está chegando e sem prazo para acordos, o Rio Grande do Sul nos ensina - não temos opção!
(Bob Wagner)
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Obs: Vídeo publicado no original, retirado pra evitar exposição dos trabalhadores rurais, o latifúndio no Pará é um dos mais violentos e impunes do país.
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