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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

PARAUAPEBAS: PT e PSOL estão em movimentação para as eleições municipais de 2020



Em Defesa de Parauapebas, do Brasil e por Lula Livre 

Após a dura derrota na eleição presidencial de 2018, o Partido dos Trabalhadores (PT) admitiu um importante erro que foi cometido durante os 13 anos dos governos Lula e Dilma: reconheceu que falhou em não trabalhar pela conscientização política da população. Não obstante a súbita melhoria de vida de todos, em especial os mais pobres, as pessoas não conseguiram relacionar sua recente ascensão no padrão de vida à política pública de um governo de esquerda. 

A falta de esclarecimento produziu uma sociedade incapaz de perceber que ao votar em Bolsonaro, como diz o sociólogo Jessé Souza, estava legitimando uma velha política de governo que tem um princípio e um objetivo. Por princípio, o governo Bolsonaro tem desprezo ao povo pobre e trabalhador e como objetivo ele tem a destruição de todos os programas de inclusão social e distribuição de renda. 

Para conter os retrocessos, o PT decidiu – antes tarde do que nunca – que seria de vital importância a conscientização política de toda a sociedade. Apenas o povo consciente será capaz de retirar o país do atraso bolsonarista e recolocá-lo no caminho do desenvolvimento social, cultural e econômico. A conclusão óbvia: é necessário municipalizar o debate das questões nacionais, notadamente a defesa do emprego, da aposentadoria e da educação pública e gratuita

A proposta é levar a discussão de programas como, por exemplo, FIES, Minha Casa Minha Vida, Fome Zero, Mais Médicos, Cotas e Reforma da Previdência para todos os bairros de todas as cidades do país. 

O objetivo é abrir um canal direto de comunicação com o povo mais pobre a fim de esclarecer, em paralelo à discussão dos problemas locais, o que verdadeiramente representa o desgoverno Bolsonaro em suas vidas e quais os reais motivos que levaram à prisão sem provas do maior líder popular do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva

Para materializar essa estratégia, decidiu-se que em todas as cidades a esquerda terá um candidato ou candidata a prefeito em condições de liderar esse debate, não necessariamente do PT. Sabiamente, apesar de seus 56 deputados (eleitos), 6 senadores e 4 governadores, o PT não irá lutar pelo protagonismo no campo progressista. Na verdade, decidiu-se até mesmo renunciar à candidatura própria nas cidades em que outros partidos de esquerda estiverem em melhores condições como, por exemplo, é o caso da cidade do Rio de Janeiro e Belém do Pará, o PT tende a apoiar os candidatos do PSOL, Marcelo Freixo e Edmilson Rodrigues. 

O entendimento é claro: o que estará em jogo em 2020 não é a luta por um mandato pura e simplesmente, mas a construção de uma narrativa de alcance nacional e a batalha pela garantia de direitos sociais mínimos duramente conquistados ao longo do governo LULA e DILMA. 

Nesse cenário, os partidos do campo progressista em Parauapebas fatalmente deverão lançar candidaturas próprias.  O PT e o PSOL tem quadros preparados e 6 nomes estão em evidência nessas legendas: Raimundo Neto (PT), Miltom Zimmer (PT), Miquinhas (PT), Raimundo Moura (PSOL), Mardem Lima (PSOL) e o advogado Rubens Morais (PSOL). 

Uma coligação entre o PT e PSOL seria o ideal para disputar a prefeitura de Parauapebas, inclusive com a eventual participação de outras legendas do campo progressista, tal como PCdoB, PSB e PDT, mas a realidade e as diferenças locais ainda prevalecem, impondo candidaturas próprias, sendo este o caminho mais provável até o momento. 

Para PT e PSOL de Parauapebas seguir o exemplo do Rio de Janeiro e Belém deveria ser a prioridade, uma aliança entre esses partidos fortaleceria significativamente a esquerda no município.

O Brasil logo seguirá a Argentina, este país já começou a reagir fortemente a agenda neoliberal que Macri e Bolsonaro, a mando de Trump, querem impor em toda a América do Sul. 

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