São Paulo. A Geografia do Golpe
O PSDB não faz o prefeito da capital nem o Governador!
Imagem do Twitter de Ana Leão
Depois de um breve estudo de Antropologia – sob a douta inspiração do Gilberto Freire com “i” - em que se demonstrou o caráter Branco e elitista da passeata de domingo – e, portanto, a Dilma venceu, porque esse pessoal nunca votou nela nem no Lula…- , depois da Antropologia cabe agora fazer uma breve incursão no terreno da Geografia.
Os dois pontos de maior concentração Branca foram em Curitiba e em São Paulo.
Curitiba, é óbvio, porque se tornou o QG dessa gente de classe média que compõe uma escória institucional: o Sistema Moro, que inclui a PF e o Ministério Público.
Uma classe média despreparada, arrogante, autoritária – e anti-povo.
Porque, como toda classe média Branca, o Sistema Moro tem pavor de pobre que tome o lugar – e o salário – deles.
O Sistema Moro transformou Curitiba numa sub-sede do Golpe.
A sede, como sempre, é São Paulo.
Aquele camburão das celebridades explica.
Estavam lá dentro o Pauzinho do Dantas, o Imbassahy da Bahia, o Aloysio 300 mil, o Aecím de Furnas e o Geraldinho Merendão.
Eles achavam que saiam na Estação Finlândia, como Lenin: desembarcar e tomar o Palácio de Inverno.
Foram escorraçados, como diz o Rodrigo Vianna.
Saíram com o rabo entre as pernas.
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E se não tivessem fugido, como fugiram também em 1964, o Padim Pade Cerra e o Príncipe da Privataria seriam igualmente escorraçados.
Mas, esse não é o ponto central dessa análise “geográfica”.
É que o Golpe começou e acabou em São Paulo.
Data venia, o Senador Requião, mas, desculpe, Curitiba não derruba nem poste.
O Golpe, em 2016, como em 1964, tem começo, meio e fim em São Paulo.
Onde esses tucanos enxotados pelos tucanos da Avenida Paulista governam (sic) há 390 anos.
Liberam as catracas do metro, jogam o jogo do campeonato de futebol (sic) para a manha de domingo, e incentivam os Golpistas com meios legais e visíveis e ilegais e invisíveis.
São trinta anos sentados na corrupção do trensalão, do merendão, impunes – e na inépcia.
E, mesmo assim, tentam derrubar uma Presidenta eleita pelo voto do povo – que eles não tem, quando se trata de eleger o Presidente.
Perdem há quatro eleições e vão perder as de 2018 e 2022, para o Lula.
Ou para quem o Lula apoiar.
Porque, como Deus escreve certo por linhas tortas, o sequestro do Lula fortaleceu o Lula.
(É que o Moro não entende nada da Política com que a Globo vai seduzi-lo.)
Essa é a Geografia do Golpe.
São Paulo é a capital.
Mas, uma parte de São Paulo ainda pode ser cooptada.
Keynes dizia que o empresário é como um cachorrinho de estimação.
Assustado, inseguro, frágil, que se contenta com um carinhozinho, um osso.
Se o Lula chegar a Primeiro Ministro e der pra eles um carinhozinho, esses mesmos empresários, carentes, frágeis, mimados ficam mansinhos.
Não é uma batalha perdida.
Perdida é a São Paulo tucana.
Não vai fazer o prefeito da capital nem o governador.
Eles não enganam mais nem os próprios tucanos.
Em tempo: quem será o general Kruel de 2016, o que recebeu seis malas de dólares para derrubar o Jango, em 1964? Kruel comandava o Exército em... São Paulo!
Em tempo 2: com a primeira página da Fel-lha de hoje, o Otavim deve se achar o novo Kruel. Quá, quá, quá!
Em tempo 3: a manifestação de ontem em São Paulo foi o último movimento da Guerra da Secessão de 1932. Devidamente esmagada por Vargas.
Em tempo 4: eles acham que a Dilma deixará de ser Presidenta só em São Paulo e Curitiba. Porque, no resto...
Paulo Henrique Amorim
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