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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

CANAL 2N: Eleições 2020 - o fim das coligações partidárias e suas incertezas



Data de Publicação: 14 de outubro de 2019
Por Sinvaldo Braga
Canal 2N


Eleições 2020 - o fim das coligações partidárias e suas incertezas

O fim das coligações partidárias proporcionais devia ser motivo de desespero para muitos. 

A eleição de 2020 será a primeira sem coligação partidária proporcional, ou seja, cada partido terá que se virar para atingir o coeficiente eleitoral e eleger seus vereadores. Esse cenário, pelo seu ineditismo, ainda suscita muitas dúvidas e põe em xeque a sobrevivência de vários partidos.

Em Parauapebas, pelo histórico das últimas eleições, poucos partidos terão capacidade de eleger vereadores. Vejamos o caso específico do Partido dos Trabalhadores (PT):

Com 57 deputados federais, o PT será o partido com maior tempo de TV e rádio, além de contar com a segunda maior fatia do fundo eleitoral e partidário (R$ 350 milhões). O cálculo leva em conta as bancadas atuais de deputados federais e o Fundo Eleitoral.

Pois bem, com todo esse tamanho a nível nacional, há grande risco do PT novamente ficar sem representantes na Câmara de Vereadores de Parauapebas e afundar ainda mais na crise de representatividade por qual passa.

Depois de eleger a maior bancada de vereadores na eleição de 2012 (foram 4 candidatos eleitos), na eleição de 2016 o PT fez uma tresloucada e inexplicável coligação com o PSDB. O resultado foi pífio. Mesmo com o candidato Miquinha chegando a expressivos 1.842 votos, o PT contribuiu para a coligação com vergonhosos 3.876 votos no total.

Bem, mas o que isso significa?

Convido o leitor a fazer o seguinte exercício de lógica: imaginemos que em 2016 a eleição tivesse sido realizada sem a possibilidade de coligação proporcional como será em 2020, o que teria acontecido com o PT à época?

Em 2016 tivemos 127.103 votos válidos na eleição proporcional (82,45% do eleitorado total), o que fez o coeficiente eleitoral atingir a marca dos 8.474 votos. Sem esquecer que o Miquinha foi um ponto fora da curva, o que o PT teria que fazer para tentar eleger pelo menos 1 vereador naquele ano?

A resposta: saindo sozinho, teria que encontrar, no mínimo, mais 15 outros candidatos com uma média de 306,53 votos por candidato para atingir o coeficiente eleitoral daquele ano. Fácil concluir pela impossibilidade do evento, ou seja, o PT não teria eleito nenhum vereador, mesmo com um dos candidatos chegando a quase 2 mil votos.

Voltando a focar em 2020, a dramática situação por qual passa o PT com o fim da coligação proporcional se estende a vários outros. Conheço gente que garante que apenas três ou quatro partidos elegerão vereadores. Exageros à parte, a situação exige ações emergenciais para aqueles que pensam em sobreviver à eleição de 2020.

Em primeiro lugar, o partido deve encontrar pelo menos 20 bons nomes que possam somar uma média mínima de 400 votos por candidato. Para qualquer um que já tenha participado de alguma eleição sabe o quão difícil é atingir esse número, é exatamente por esse motivo que os partidos se coligavam.

Em segundo, os partidos (todos eles) terão que pensar seriamente em lançar seus candidatos a prefeito. Sem um forte nome a chefe do executivo que ponha em destaque o partido e seus postulantes à câmara de vereadores, a missão de ter alguém eleito será bem mais difícil, quiçá impossível.

Enfim, apesar de ter usado o PT como exemplo, não é apenas o PT, a situação não está fácil para ninguém. Mas, como diz o velho ditado popular, “não existe nada tão ruim que não possa ficar pior”.

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