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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Parauapebas comemora a aprovação da CFEM de 3,5% sobre o minério de ferro

O texto aprovado na Câmara dos Deputados beneficia os municípios atingidos pela mineradora Vale no Pará e Maranhão



A vitória dos municípios brasileiros sobre a mineradora VALE

Ontem, terça-feira (21), foi um dia histórico, uma verdadeira batalha de "Davi contra Golias" na Câmara dos Deputados.

Mesmo com apoio do presidente da Câmara e dos deputados do DEM, a VALE conheceu sua primeira grande derrota no parlamento brasileiro.

A votação final foi uma grande vitória dos municípios brasileiros, principalmente de Parauapebas, que teve no seu prefeito um grande nome nessa verdadeira batalha por justiça com os recursos da CFEM e com a população dos municípios atingidos pela exploração das mineradores.

Os deputados do DEM atuaram como "capangas da VALE"

O texto original da MP previa apenas 2% para a CFEM do minério de ferro, a articulação dos prefeitos defendia uma taxa de 4%, mas o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, queria apenas 3%, ele e seu partido foram intransigentes na defesa da VALE e das mineradoras internacionais.

Chantagem e ameaças contra os municípios

O DEM e o presidente da Câmara passaram a chantagear os deputados que defendiam os municípios e queriam uma taxa de 4% para a CFEM do minério de ferro.

O DEM ameaçava colocar quantos requerimentos fossem necessários para atrasar a votação, pois sabiam que a Medida Provisória caducaria à meia noite de ontem (21), fazendo perder tudo que tinha sido conquistado.

Sem compromisso

A estratégia dos deputados do DEM, de olho nas benesses da mineradora VALE e sem qualquer compromisso com a população dos municípios explorados pela VALE, funcionou em parte.

Acordo por 3.5%

Os outros partidos e a articulação dos prefeitos resolveram ceder em parte, pois poderiam perder todo um trabalho, aceitando uma taxa de 3.5%, percentual que foi aprovado pelo plenário, diante da intransigência dos deputados do DEM.

Vai para o Senado Federal

Após a votação de ontem, a MP segue para o Senado onde deve ser aprovada até o dia 28 de novembro.

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