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terça-feira, 1 de outubro de 2013

PT: CARTÓRIOS E CORONELISMO NO BOICOTE À REDE

José Eli da Veiga: Dois testes ácidos


Mas será que todos os democratas têm conhecimento das artimanhas coronelistas que ameaçam o registro da #rede? Algo que não surpreende, pois essa é a primeira tentativa de se organizar partido político com autênticas raízes em movimentos sociais desde a ascensão daquele saudoso PT dos primórdios da década de 1980. A Rede Sustentabilidade (#rede) constitui neste momento um “teste ácido” para a democracia, segundo Sergio Abranches, um dos mais respeitados cientistas políticos brasileiros. Sua legalização é um problema de todos os que valorizam uma vida política com igualdade de condições e de oportunidades, além de plenamente competitiva. Cada qual votará como quiser e em quem quiser nas eleições de 2014, mas neste momento todos que são pela democracia são pela #rede, ressalta Abranches.
Apesar do bloqueio montado na galáxia de cartórios eleitorais sob a influência de políticos hostis, principalmente da atual coalizão situacionista, na quinta-feira 19 de setembro a #rede encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral mais 136 mil assinaturas de apoio certificadas por cerca de 1.800 dessas repartições. Somadas às 304 mil que já haviam sido entregues em 26 de agosto, a #rede atingiu o patamar de 440 mil assinaturas validadas.
Não estariam faltando 52 mil se tivessem sido aceitas as 130 mil descartadas sem qualquer fundamento legal. Só foram devolvidas pela inviabilidade de conferência nos surrealistas trâmites cartoriais. Dentre várias excrescências, destaca-se a retirada da assinatura do eleitor dos registros após cinco anos de abstenções, mesmo que feitas as devidas justificações. O bastante para impedir que dezenas de milhares de assinaturas de apoio à existência legal da #rede sejam reconhecidas, pois não há como encontrá-las nos cadernos de votação, único critério dos cartórios. É o caso da invalidação da assinatura da artista Adriana Calcanhoto, como ela mesma explica no vídeo www.youtube.com/watch?v=aPqmAZ6trPE
Ainda mais escandaloso, contudo, é que outras 80 mil assinaturas de apoio sequer chegaram a ser examinadas pelos cartórios, prova dos nove do perverso cerco armado por uma coligação que dá prova de se tornar a própria antítese do esquecido slogan adotado nas eleições de 2010: “Para o Brasil seguir mudando”.
É claro que nada disso teria graves consequências se a #rede não passasse de trigésima terceira sigla da densa sopa de letrinhas em maioria formada por supostos partidos que não passam de legendas de aluguel. Todavia, além de seu nascimento emanar de fenômeno político absolutamente inédito no Brasil, e insipiente no resto do mundo, a natural candidata da #rede à presidência, Marina Silva, conta neste momento com quase um quarto das intenções de votos válidos.
Será muito melhor para todas as sensibilidades políticas da população brasileira que os cerca de 25 milhões de eleitores hoje propensos a apoiar Marina não fiquem tangidos a protestar mediante votos válidos exclusivamente para governador, senador e deputados.

Ninguém ganhará se Marina for impedida de disputar. Além de reforçar desconfianças e até rejeições à democracia representativa, isso gerará grave suspeita sobre a legitimidade do certame, causando seríssimo prejuízo à autoridade moral da próxima presidência, venha a ser exercida por Dilma Rousseff, Aécio Neves ou Eduardo Campos.

Se acontecer, é preciso que fique bem claro desde já que a principal responsabilidade só poderá ser atribuída ao mesquinho e obtuso cálculo feito pelos caciques da atual coalizão governamental ao orientarem seus prepostos cartoriais a sabotar a viabilização legal da #rede. Serão eles os reprovados no segundo “teste ácido”: o do compromisso com a liberdade.

JOSÉ ELI DA VEIGA, 65, é professor titular da USP. Site: www.zeeli.pro.br

2 comentários:

  1. eu eu eu marina se f#$%@

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  2. chega de tanto partido político bom ja nasceu morto ou já morreu, afinal é tudo farinha do mesmo saco!

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