terça-feira, 28 de junho de 2016

Parauapebas: sindicato dos médicos e profissionais criticam a situação da saúde pública no município

Dr. Hipólito Reis contesta a nota do governo de Parauapebas 

Dr. Hipólito contesta informações
do governo de Parauapebas

O médico oftalmologista Hipólito Reis contesta as informações prestadas pela prefeitura municipal de Parauapebas, o documento afirma que foi prestada toda a assistência necessária ao Dr. Jerônimo.

Dr. Hipólito presenciou a situação

“Eu estava no hospital e acompanhei toda a situação. O medicamento chegou tarde demais e por meio de outro colega que se empenhou para obtê-lo, mas o Jerônimo já estava em choque e não podia tomar a medicação, que precisa ser aplicada no tempo certo, logo nos primeiros momentos. Não foi nada conseguido pela administração pública, que trata a saúde do município com total irresponsabilidade, ceifando vidas que poderiam ser salvas se tivessem o atendimento adequado”, protesta.

Médicos tentaram, mas falta o "básico"

Hipólito afirma que a equipe médica fez o que podia, mas faltou os procedimentos que dependem da estrutura hospitalar, o que o HMP não tem. “Esses detalhes hoje estão determinando quem vai viver ou morrer em Parauapebas. Esse governo não está dando atenção para a coisa mais importante do ser humano, que é a vida. E quando o governo despreza a vida, vemos o que está acontecendo no município”, ressalta.



Sindicato dos médicos do Pará também contesta situação em Parauapebas





"Apesar de todo o momento de dor pelo falecimento do médico Jerônimo Pereira de Freitas, vítima de infarto agudo do miocárdio, no Hospital Municipal de Parauapebas, os colegas médicos de Parauapebas não podem deixar de protestar contra a propaganda enganosa da Prefeitura Municipal. O colega realmente recebeu o melhor atendimento possível, mas dentro das precárias condições do Hospital Municipal, por iniciativa de plantonistas e de muitos colegas que nem são funcionários públicos ou que nem estavam no plantão ou sobreaviso. Nenhum mérito da Administração Pública.

O trombolítico que há muito não existe no hospital, foi conseguido por mérito pessoal de um dos colegas que foi até à Serra dos Carajás e comprou, com recursos próprios, a medicação e trouxe para o HMP. Infelizmente, o tempo faz a diferença e houve agravamento do quadro com parada cardíaca e necessidade de intubação e ventilação mecânica. O Dr.Jerônimo teve que ser levado para o centro cirúrgico para ser colocado no ventilador de lá, pois não há aparelho de ventilação mecânica para adultos no Hospital.

Também não havia bomba de infusão, monitor cardíaco e nem material para acesso venoso central. Nem uma sedação decente havia para proceder a intubação. Sabe-se lá quantas pessoas já morreram nas instalações do hospital municipal pela precariedade de atendimento? Apesar disso, as inaugurações teatrais continuam e no dia 1º de Julho vem mais uma. Inaugura-se o prédio do novo Hospital. Hospital que vai abrir sem garantia de recursos para sua sustentabilidade, mas um contrato milionário com uma Organização Social “Sem Fins Lucrativos” já é certo. Mais gente para dividir a fatia do bolo e ganhar nas costas da população e dos servidores públicos decentes."

3 comentários:

  1. Caro Liberato/Lindolfo,
    A sociedade parauapebense clama há anos por uma saúde digna e de qualidade.
    Vejo que o único instrumento de denuncias e voz é o seu blog dentro dessa vergonhosa imprensa, procure uma maneira e um modo participativo para a comunidade carente para que possa ter mais voz através desse instrumento com credibilidade.

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  2. Haja salvadores de vidas... uffa!
    Até a morte é culpa do prefeito!

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  3. A culpa é do Sergio Reis, quem manda ele cobrar caro pelo show! Assim, como vai sobrar dinheiro para comprar remédio?

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