Diante das denúncias contra o marido, esposa de Aurélio Goiano ataca as mulheres vítima de violência: 'peguetes e piriguetes'
Segundo a esposa de Aurélio Goiano, a mulher que denunciou o seu marido por agressão está se 'falando de vítima', ou seja, se 'fazendo de vítima'.
A atual esposa do vereador Aurélio Goiano pode ter causado um grande estrago na campanha do marido ao debochar das mulheres vítimas da violência em Parauapebas, segundo Beatriz Silva não há violência contra essas mulheres, é apenas 'mi-mi-mi', pois o marido dela (Aurélio Goiano) era da 'bagaceira mesmo', se envolvia com 'peguetes' e 'piriguetes'.
O discurso indecente da jovem Beatriz Silva atacando as mulheres vítimas de violência foi ao lado de um sorridente Aurélio Goiano.
Veja trechos do comício e Aurélio Goiano sorrindo diante do discurso da sua esposa Beatriz
Ministério Público e Ministério Público Eleitoral
Ainda não se tem notícias se o Ministério Público Eleitoral vê gravidade no discurso de Beatriz Silva e no comportamento do vereador Aurélio Goiano, se providenciou a abertura de alguma investigação para apurar a conduta do casal no desasatrado comício.
Danos contra a rede de proteção
Em apenas um discurso ao lado do sorridente Aurélio Goiano, Beatriz Silva ajuda a destruir toda uma rede de proteção para as mulheres vítimas de violência, o dano causado à sociedade de Parauapebas e às suas instituições que combatem a violência contra as mulheres é sem precedentes na história política do município.
Não é 'mi-mi-mi': é agressor, é assassino e covarde
Parauapebas tem casos de violência extrema contra as mulheres, recentemente o caso envolvendo o empresário Westony Freitas Mendonça (Dom Mendonça - aqui) que assassinou a esposa e depois cometeu suicídio. Em 2019, a cidade ficou horrorizada com o caso Samaritano, agente do DMTT que matou a esposa (aqui).
Parauapebas lidera o ranking de violência contra as mulheres
Não são mulheres fingindo serem vítimas de violência, não são 'peguetes e piriguetes', não é 'mi-mi-mi', Parauapebas liderou o triste ranking de 2023 de violência contra as mulheres no sudeste do Pará (aqui).
Até julho 2024, segundo a promotora de justiça, Magdalena Jaguar (MPPA) a violência explodiu, foram decretadas 598 medidas protetivas em favor de mulheres vítimas de violência, durante todo o ano de 2023 foi cerca de 600.
A promotora de justiça "destacou a relevância das vítimas serem encorajadas a conhecer a rede de apoio disponibilizada na cidade, representadas por vários órgãos, tais como: Ministério Público, Polícia Civil (DEAM), Fórum, Polícia Militar, Guarda Municipal, Patrulha Maria da Penha, Secretaria da Mulher, Centro de Atendimento ao Homem, Casa Abrigo, etc., para sentirem confiança no suporte oferecido para romper o círculo da violência doméstica, resgatando a sua autoestima e romperem as relações e convivência com o agressor, já que muitas ofendidas não se reconhecem como vítimas, não se identificam dentro de relacionamentos chamados de tóxicos e, dificilmente, vislumbram o perfil do marido, do companheiro ou do namorado como um suposto agressor."
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