quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Organização criminosa em Canaã dos Carajás. PF cumpriu mandados na SEMMA e na casa de um secretário do governo de Josemira Gadelha


Organização criminosa na SEMMA do governo Josemira Gadelha (que nada viu)

Ontem (31/08), o garimpo ilegal sofreu um duro revés na cidade de Canaã dos Carajás/PA, a PF realizou a Operação Águas Turvas (aqui) para combater uma organização criminosa atuando na prefeitura de Canaã dos Carajás, especificamente na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA).

14 mandados e equipamentos dos criminosos destruídos pela PF

A operação contou com a participação de mais de 100 policiais e servidores da ANM, do IBAMA e do ICMBio, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão, Em Canaã, foram cumpridos mandados na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e na residência do ex-vereador e atual secretário Dionizio José dos Santos Coutinho, filiado ao Partido Social Cristão (PSC), legenda controlada pela cúpula da igreja Assembléia de Deus e da base de apoio do Bolsonaro.


Nota do governo Josemira Gadelha

A prefeitura do município de Canaã dos Carajás, sob chefia de Josemira Gadelha (MDB), emitiu a nota de praxe (aqui), alegando que colabora com as investigações da Polícia Federal. 

Até o momento, a prefeita Josemira Gadelha não se manifestou sobre a situação do secretário Dionízio Coutinho (PSC), ainda no cargo que assumiu em janeiro de 2021 (aqui).

O garimpo cega, a prefeita não viu

A SAAEP, órgao do município de Parauapebas/PA, viu e denunciou. Só a prefeita Josemira Gadelha que não viu, ela nunca percebeu nada de estranho no meio-ambiente do seu pequeno município, alegando em nota que contribui para as investigações, apesar da PF afirmar que durante meses "existiu a extração de ouro na região, inclusive ao lado de uma linha de transmissão de energia elétrica (...)".

Olhos abertos que a PF voltou 

É preciso que os(as) prefeitos(as) da região abram bem os seus olhos à preservação do principal patrimônio dos seus municípios e da Amazônia: seus rios e floresta.

É inaceitavel que prefeitos e prefeitas aleguem desconhecer a existência de tamanha destruição aos olhos de todos em Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Marabá.

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