Parauapebas, turismo ambiental às avessas
Todos sabem que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados com armas de caça (aqui) a mando do crime organizado. Em Parauapebas, os assassinos do indigenista e do jornalista podem ganhar um dia no calendário turístico da cidade.
Tem um projeto de lei nas mãos do prefeito Darci Lermen para sanção, já aprovado na Câmara (quase à unanimidade), a autoria foi do vereador Zacarias, o objetivo é reconhecer o CACs como 'atividades de risco' em Parauapebas, além de criar o dia do "caçador, atirador e colecionador' (leia na CMP - aqui).
Mais ameaças, ataques vem do próprio governo de Parauapebas
Os Xikrin já tem as suas terras entre as áreas indígenas mais ameaçadas do Brasil, achando pouco, o 'garimpo ilegal e os seus 'pequenos mineradores' são incentivados em Parauapebas, o governo e a Câmara atuam em sintonia visando a destruição do maior patrimônio do município - as suas florestas e áreas ambientais preservadas.
O dia da caça nas terras dos Xikrin e na Floresta Nacional de Carajás
Parauapebas pode ter no calendário do seu estranho 'turismo ambiental' o dia do CACs (caçador, atirador e colecionador de armas), segundo o autor, a lei é pra incentivar o 'turismo de caça' e para aliviar o stress do dia-a-dia (leia aqui).
O governo de Parauapebas e o seu líder na Câmara querem incentivar a caça nas terras dos Xikrin e na Floresta de Carajás.
Inversão de valores
Não é você, não é o jornalista assassinado com armas de caça que correm risco nem o Bruno Pereira e nem o Dom Phillips, muito menos a onça que tenta sobreviver no seu habitat natural - é o coitado do caçador que corre risco, o 'tal cidadão de bem'.
CACs e o crime organizado
No Brasil, segundo especialistas em segurança pública, os CACs são os principais fornecedores de armas para o crime organizado, para as quadrilhas, milicianos e traficantes, uma matéria de 'O GLOBO' mostra que o "CACs', os 'tais cidadãos de bens', usam o acesso fácil às armas para depois fornecê-las ao crime organizado (aqui).
Senador quer legalizar o fornecimento de armas para o crime organizado
Um senador bolsonarista, diante do alarmante envolvimento dos "CACs" com o crime organizado, ao invés de propor cadeia para os CACs, ele fez o contrário, quer apenas 'multar', segundo ele, uma multa de até R$ 500 mil 'ajuda a coibir' os CACs de fornecerem armas para o crime organizado.
O senador quer legalizar o fornecimento de armas para o crime organizado com a aplicação de apenas uma multa (veja aqui).
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