domingo, 2 de maio de 2021

Associação de médicos pode ser condenada a pagar R$ 10 milhões por propaganda de 'tratamento precoce', a falsa cura para a Covid-19


Dano moral coletivo de R$ 10 milhões

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública, em Porto Alegre-RS, contra a associação intitulada "Médicos pela Vida" por dano potencial à saúde e dano moral coletivo, em razão da publicação em jornal de manifesto a favor do "tratamento precoce" contra a covid-19.

O MPF pede a condenação da associação de médicos em R$ 10 milhões.

Segundo o MPF,  a 'associação de médicos violou a legislação que regulamenta a propaganda e publicidade de medicamentos ao veicular informações sobre tratamento para a Covid-19, usando remédios sem comprovação científica da sua eficácia.

Saúde em perigo

O MPF acusa a associação de médicos de colocar a saúde da população em perigo e de também atingir a honra dos profissionais de saúde que não aderem a falsa cura, indicando que violam a ética médica por não receitarem os medicamentos "recomendados"

Em Parauapebas é a Câmara de Vereadores

No município de Parauapebas não foi uma "associação de médicos", foi a própria Câmara de Vereadores que cometeu o mesmo ilícito, utilizando recursos públicos para fazer propaganda da falsa cura com uso de remédios ineficazes.

Além de aprovar uma "indicação" para o Poder Executivo comprar e distribuir gratuitamente os medicamentos do "tratamento precoce" para os moradores da cidade,  a Mesa permitiu que a  Rádio Câmara fosse utilizada indevidamente, pelo vereador  Francisco Eloécio, para colocar em risco a saúde da população do município. 

Por enquanto, ainda não se tem notícia de que o Ministério Público do Pará (MPPA) tenha acionado os responsáveis pelos ilícitos.


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