terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Com R$ 3 bilhões, temendo impeachment, Bolsonaro compra a presidência da Câmara para o corrupto 'centrão'

 



Um 'severino' na presidência da Câmara dos Deputados, novamente

A última vez que o bloco parlamentar apelidado de 'centrão' chegou à presidência da Câmara dos Deputados foi na crise do mensalão, elegendo o corrupto Severino Cavalcanti, no dia 14 de fevereiro de 2005. 

Severino Cavalcante obteve o cabalístico n° de 300 votos, ele disputou contra um candidato governista, a eleição foi decidida no segundo turno (aqui).

Impeachment e prisão dos filhos, a pauta oculta de Bolsonaro na eleição da Câmara

Com o apoio direto do Palácio do Planalto, mediante um custo estimado de mais de R$ 3 bilhões e a negociata de vários cargos na esplanada dos ministérios (leia aqui - El País), tudo para tentar evitar o impeachment e a prisão dos filhos do presidente Bolsonaro, mais de 15 anos depois da eleição de Severino Cavalcanti, o corrupto centrão elege o deputado Artur Lira, foram 302 votos, o baixo clero ocupa novamente o cargo mais cobiçado do parlamento brasileiro (aqui).

Livrar os filho da prisão e chegar ao fim do mandato é o único objetivo do fraco presidente Bolsonaro.

Eleição do 'severino do Bolsonaro' aumentará a temperatura da crise política

Artur Lira é o 'severino do Bolsonaro', ele tem a ficha suja e só foi candidato graças a uma liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, mas ao contrário do que pretendeu o Palácio do Planalto, a eleição de Artur Lira aumentará a pressão contra o próprio presidente e os seus filhos. 

Arthur Lira, o 'severino do Bolsonaro', é empresário e agropecuarista, filho do usineiro e político do Estado de Alagoas, o ex-senador Benedito de Lira, atual prefeito de Barra de São Miguel (AL), a ficha criminal de Artur Lira só é comparável a dos filhos do Bolsonaro, tem até roubo de rachadinha parlamentar,  não é mera coincidência, veja na matéria da BBC:

"(...) Além de rachadinha, Lira e outros antigos deputados estaduais de Alagoas são acusados de ter usado recursos da Assembleia Legislativa do Estado para pagar empréstimos particulares. Com essas duas práticas, afirma o Ministério Público de Alagoas, Arthur Lira teve movimentação bancária de mais de R$ 9,5 milhões entre os anos de 2001 e 2007.

Por essas acusações, Lira e mais oito deputados ou ex-deputados estaduais foram condenados em 2016 na esfera civil por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), cabendo ainda recurso aos tribunais superiores. Apesar da condenação em segunda instância, que gera inelegibilidade segundo a Lei da Ficha Limpa, o mais novo presidente da Câmara conseguiu disputar a eleição de 2018 graças a uma liminar do TJ-AL (...) (aqui na BBC)

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