domingo, 24 de fevereiro de 2019

Uma multidão vai às ruas da Venezuela em apoio ao governo Maduro, mandando forte recado ao neonazismo de TRUMP e suas narco-milícias que governam o Brasil e Colômbia

Não é só no Brasil que a mídia hegemônica vem promovendo, desde as primeiras horas deste sábado (23), uma verdadeira maratona contra a Venezuela. Na imensa maioria dos países tem sido a mesma narrativa, a favor do presidente fantoche, Juan Guaidó e tentando fazer o que todos os manuais ensinam quando se trata de propaganda de guerra: semear o derrotismo no campo inimigo. 




Por Wevergton Brito Lima*

O presidente eleito da Venezuela expressou plena confiança, disse que o golpe está derrotado. Sua fala foi constantemente interrompida pelo povo em uma tempestade de aplausos e palavras de ordem.

Entretanto, em Caracas, milhares de venezuelanos tomaram às ruas e Maduro, no momento em que este artigo está sendo escrito (15h17m, horário de Brasília, 14h17m, hora de Caracas), está falando à multidão e desafiando o imperialismo. A aparição ao vivo de Maduro, diante de ruas tomadas pelo povo, por si só desmoraliza a narrativa midiática que tentava passar a imagem de um governo acuado e às vésperas de sua queda.

O presidente eleito da Venezuela expressou plena confiança, disse que o golpe está derrotado. Sua fala foi constantemente interrompida pelo povo em uma tempestade de aplausos e palavras de ordem. Nada parecido com uma população derrotada ou um governo acuado.

Maduro conclamou à paz, ironizou o “presidente encarregado”, perguntando a Juan Guaidó porque – se é de fato “presidente encarregado” – não convocou eleições presidenciais em trinta dias, como manda a Constituição venezuelana. Nicolás Maduro recordou que já cumpriu o papel de presidente encarregado, depois da morte de Hugo Chávez, e que, apesar de terem sido realizadas eleições pouco tempo antes de Chávez falecer e, portanto, o poder chavista estar legitimado pelo voto, o seu primeiro ato como presidente encarregado foi convocar novas eleições presidenciais.

Nicolás Maduro conclamou o mundo à uma grande campanha pela paz e a solidariedade com a Venezuela. Informou que uma Comissão da União Europeia se reuniu com o Governo e perguntou se a Venezuela aceitaria ajuda humanitária feita de acordo com as regras das Nações Unidas. Maduro disse que de pronto respondeu afirmativamente. Disse mais, que entregou a lista de todos os remédios aos quais a Venezuela não tem acesso graças ao bloqueio econômico, bem como a lista de alimentos e outros bens atingidos pelo bloqueio. Maduro comunicou à Comissão da União Europeia que agradeceria o envio de toda a lista de ajuda humanitária, mas que a Venezuela pagaria por tudo, “porque vocês não estão tratando com mendigos”, nova tempestade de aplausos.




Maduro anunciou o rompimento total de relações diplomáticas e políticas com o “governo fascista” da Colômbia e outra vez ironizou, recordando o fato de Cúcuta, região da Colômbia, onde se reúnem os provocadores na fronteira com a Venezuela, ter um índice de pobreza de 70%. Perguntou Maduro: “para os moradores de Cúcuta não têm ajuda humanitária”?

O presidente venezuelano, apesar da tensão deste sábado, puxou a “ola” (e a multidão respondeu prontamente) e mostrou plena convicção na vitória contra a tentativa de golpe.

No entanto, as próximas horas serão ainda dramáticas. Os chamados “falsos positivos”, as constantes provocações da extrema-direita venezuelana, dos títeres colombianos e dos agentes estadunidenses farão de tudo para levar o caos ao país e tentar derrubar pela força Nicolás Maduro e a Revolução Bolivariana.

Depois da intensa campanha midiática, que continua incessante, terminar os dias de sábado e domingo com Maduro no exercício efetivo do poder será uma grande derrota para o imperialismo e seus aliados.

Nicolás Maduro iniciou sua fala dizendo que ali, naquele instante, estavam os que jamais aparecem nos noticiários da mídia estrangeira. Ele foi na mosca. Os que, pelo mundo, estão ao lado da paz, os que defendem a soberania venezuelana devem usar da trincheira das redes sociais para divulgar a verdade mesmo diante da sufocante avalanche de mentiras, seguindo o exemplo do povo venezuelano, que não se rende nem esmorece.

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