CALOTE: CPI da VALE na Câmara de Parauapebas era pra "inglês ver"

CPI chegou a pedir estudos sobre os "IMPACTOS AMBIENTAIS", mas foi pra "inglês ver"

Nem os ingleses viram

No dia 2 de março de 2017, a Câmara de Parauapebas criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI dos Calotes da Vale - aqui), foi uma iniciativa importante para o município, os vereadores chegaram a pedir até um estudo dos impactos ambientais causados pelo Ramal Ferroviário S11D (LEIA AQUI).

Era para "inglês ver", dessa vez nem os "ingleses conseguiram ver" algum resultado dos supostos trabalhos da CPI. 

A CPI foi um fracasso total, gerando um descrédito nesse tipo de iniciativa na Câmara de Parauapebas.

Calote geral

Logo de início a CPI mudou o próprio nome: era  CPI dos Calotes da Vale e foi alterado para CPI DA VALE.

Mudar o nome é sempre um bom sinal de que o calote está batendo na porta, quem depositou alguma esperança nos trabalhos da comissão perdeu seu tempo.

A CPI não saiu do lugar, o calote foi geral, os impactos sociais e ambientais do Ramal Ferroviário S11D são visíveis em Parauapebas, mas ninguém faz absolutamente nada.

O calote social e ambiental da Vale é um "escândalo misterioso".

Documento da CPI (para "inglês ver") afirma:

"(...) os integrantes da CPI foram informados por meio de documentos oriundos de órgãos públicos, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que a empresa Vale não cumpriu requisitos mínimos a que se obrigou para obter licenças ambientais, bem como tem-se verificado possíveis deficiências, vícios no processo e impactos ambientais supervenientes não considerados no estudo de impacto ambiental previamente apresentado. 

Deste modo, resta a suspeita de que a atividade venha ocorrendo de forma irregular e, possivelmente, margeando a ilegalidade. Diante de tais denúncias, os parlamentares julgaram ser a melhor alternativa solicitar que a administração municipal contrate empresa para elaborar novo estudo sobre os impactos ambientais ocorridos com a implantação do ramal."

O estratégico "RAMAL FERROVIÁRIO S11D"

A própria mineradora reconhece a importância do Ramal Ferroviário S11D (leia AQUI), mas não deixa claro e nem se manifesta sobre as condicionantes que deveria cumprir na região e muito menos sobre os danos ambientais que os órgãos oficiais denunciam.

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"O projeto S11D é o maior da história da Vale. Ao lado de novas minas em operação, no Pará, e de projetos de expansão em Minas Gerais, o S11D permitirá à Vale aumentar a sua competitividade no mercado internacional nos próximos anos. O minério de ferro extraído na mina é de altíssima qualidade e tem baixo custo de produção. Essa vantagem competitiva permitirá à empresa aumentar a blendagem (mistura), em portos no exterior, do minério de S11D com os que são produzidos nos chamados sistemas Sul e Sudeste, em Minas Gerais, de teor de ferro mais baixo, trazendo melhoria na precificação do produto final." (leia AQUI)

E tome calote da VALE

A CPI DA VALE vai se revelando um calote dos vereadores nos cidadãos de Parauapebas, ou seja, "calote se paga com calote".

É tanto calote da Vale no município de Parauapebas que é de impressionar a capacidade que essa empresa tem de burlar suas obrigações.

Outra grande "maracutaia" da mineradora VALE já foi descoberta, observe em destaque acima que ela "mistura" o minério mais puro de Parauapebas e Canaã com o de Minas Gerais, lesando os cofres desses municípios e do Pará, pois a mineradora também faz o cálculo da CFEM misturando tudo, puxando os repasses devidos para baixo.

A mineradora VALE caloteia Parauapebas.