quinta-feira, 26 de abril de 2018

VALE: Lucros não cessam - R$ 11,44 BILHÕES no primeiro trimestre de 2018, só com minerais ferrosos

Antes de descontar impostos e outros custos, apenas com produtos ferrosos, a mineradora VALE lucrou R$ 11,44 BILHÕES, a maior parte dos resultados é alcançada em Parauapebas e Canaã dos Carajás, no Pará





Lucro total é de R$ 13,33 BILHÕES

O lucro da mineradora VALE antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) apresentado pela mineradora VALE, referente ao primeiro trimestre de 2018, foi de US$ 3,971 bilhões, ou seja, R$ 13,33 BILHÕES.

A maior parte desse lucro é alcançado com a venda de minerais ferrosos, principalmente devido a produção e a qualidade do produto extraído das minas de Parauapebas e Canaã dos Carajás, nesse segmento o lucro foi de US$ 3,408 bilhões, ou seja, de R$ 11,44 BILHÕES.

Mistura tudo e prejudica o Pará

Os números e resultados da mineradora VALE levantam muitos questionamentos, está mais que na hora do Pará acordar, Parauapebas já faz a sua parte, mas atua quase sozinha na luta pela transparência nas contas da mineradora VALE.

A suspeita é que a VALE, além de não pagar corretamente a CFEM e outras obrigações fiscais, ela também não estaria especificando a origem dos seus produtos, ou seja, ela não detalha de qual município saiu determinado minério e qual o preço que ele foi vendido, misturando a produção de Parauapebas no Pará com com a de Itabirito/MG, por exemplo.

Parauapebas

Como o minério de Parauapebas tem maior qualidade e é mais valorizado, o município paraense teria que receber seus direitos calculados especificamente para o produto extraído do seu solo, mas não seria isso que vem ocorrendo, a Vale declara ao DNPM tudo num balaio, mistura tudo, prejudicando Parauapebas e Canaã dos Carajás, principalmente.

A Vale faz do jeito que bem entende, mas já foi condenada por essa prática

A verdade é que A VALE já foi condenada na justiça por não pagar a CFEM corretamente aos municípios brasileiros, ela também foi envolvida numa disputa judicial sem fim, pois para diminuir as suas despesas fiscais com o Brasil, a mineradora usa empresas no exterior, suas coligadas, para intermediar seus negócios internacionais, recolhendo suas obrigações com base em valores abaixo daquele efetivamente pago pelo destinatário final, isso tem reflexo não apenas no IR e CSSL, mas também na CFEM.

Entenda um dos esquemas da VALE, protegido pelo Poder Judiciário e seus milionários de togas

Para pagar menos impostos, a "Vale exporta o minério para outros países (Suíça, por exemplo) e de lá re-exportava para subsidiárias em outros países. Como a Suíça não tem mar e fica no alto dos Alpes, é difícil transportar tanto minério para lá. Ou seja, seria uma operação em papel destinada a diminuir artificialmente a carga tributária sobre a companhia. Só que a justiça brasileira (e a justiça Suíça) estão re-fazendo as contas e a empresa pode ter que pagar impostos sobre operações feitas nos últimos anos" (Jornal GGN).

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