terça-feira, 27 de junho de 2017

Parauapebas: Governo e Vale

Relatório do Banco Mundial mostra que a VALE investiu apenas $3 mi em Parauapebas




Relatório mostra a omissão da mineradora VALE em Parauapebas

O Banco Mundial contratou uma consultoria especializada para realizar um estudo internacional sobre o impacto do fluxo populacional dos grandes projetos minerais, não deu outra, Parauapebas é exemplo a não ser seguido, concluiu o relatório.

"Faltou planejamento" 

Um relatório final (2008), com elementos para subsidiar as ações do Banco Mundial na região de Gobi, na Mongólia, cita Parauapebas como um exemplo do que uma mineradora e um governo jamais deveriam fazer em matéria de planejamento e infra estrutura urbana.

Vale e governo

A miséria vista em lugares como Parauapebas vem da falta de Planejamento entre o governo e as empresas de mineração, diz o relatório do Banco Mundial. 

As cidades de Parauapebas (Brasil-VALE) e Limpopo (África do Sul-Anglo American) se destacam como os piores exemplos de como lidar com o fluxo imigratório próprio dos grandes projetos mineradores.

A omissão aumentou e os problemas também

De 2008 pra cá os problemas aumentaram e a omissão da empresa VALE mais ainda.

Privilégios

Os privilégios e as oportunidades pra mineradora também aumentaram e continuam em alta.

Oportunidades que falta para a população de Parauapebas, população que já avança para os 200 mil habitantes.

Você sabia

Segundo o relatório do Banco Mundial, a VALE, no caso de Parauapebas, não planejou infra-estrutura para receber o fluxo migratório, a mineradora tinha planos de acomodar apenas os seus próprios trabalhadores e isso foi feito, negligenciando por completo com as suas responsabilidades com a outra parte da população, igualmente atraída pelo seu empreendimento.

Cidade fechada




Os trabalhadores da Vale e suas famílias vivem em em um cidade fechada, o "Núcleo Urbano de Carajás", com infra estrutura urbana digna de primeiro mundo.

População

A empresa de mineração estimou que Parauapebas teria 5.000 habitantes, no início das operações de mineração, em 1980. 

A VALE não considerou um crescimento mais do que previsível,  a população do município em 1985 já era de 20 mil habitantes.

Teve taxas de crescimento anuais superiores a 200% em 1984 e 1985. 

Mais de 80% sem água, sem esgoto e sem pavimentação

Durante os primeiros dez anos de operação da mina, a escassez de moradias se tornou um problema para os habitantes em Parauapebas.

Em 1985, mais de 80% dos residentes de Parauapebas moravam em assentamentos de posseiros. A cidade não tinha nenhuma estrada pavimentada, e a maioria das casas não tinha água e nem tratamento de esgoto. 

Privilégios

A secretaria estadual de meio ambiente, do governo JATENE, continua a conceder tudo que a mineradora Vale deseja, sem a menor contrapartida, o ônus sempre recaindo sobre os habitantes de Parauapebas e municípios da região.

O previsível 

Tudo era previsível, exceto para a mineradora VALE, essa lavou suas mãos, sabendo que sua maior planta mineral seria alvo de um grande fluxo migratório, notadamente de pessoas em busca de oportunidades de emprego, de educação e de qualificação, ou seja, de dias melhores para elas e para as suas famílias.

Parauapebas sabe, o Banco Mundial também

O complexo mineral de Carajás é sediado pelo município de Parauapebas, está localizado num região pobre (norte do Brasil) e próximo de outra mais pobre ainda (nordeste do Brasil).

Imagens de Parauapebas (e do Núcleo Urbano de Carajás/Vale) 



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